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Faltam poucas semanas para o Natal. Nesses dias que antecedem a festa, as lojas ficam lotadas de pessoas pesquisando os melhores preços para comprar os presentes. Mas por que ficamos tão ansiosos e tão consumistas nessa época?
O espírito natalino, essencialmente, não tem nada a ver com o consumismo. O Natal é uma oportunidade para pararmos um pouco e interromper a “loucura” do nosso cotidiano, para estarmos mais próximos das pessoas que são realmente importantes para nós. E, para isso, reunir a família e os amigos em torno de uma mesa com uma comida preparada com carinho é o melhor, e o que de fato importa.
Claro que todo mundo gosta de ganhar presente. E dar presente também é muito bom! Mas se, culturalmente, a troca de presentes se tornou habitual, devemos resgatar o sentimento de gratidão pelo que temos e refletir sobre tantas pessoas que sequer terão uma ceia de natal, pois não têm condições básicas de sobrevivência, como o povo sírio, em constante conflito, muitos africanos, asiáticos e tantos brasileiros.
Antes de você sair desesperado em busca de comprar presentes, pense nos presentes que você já tem e se realmente o presente que você quer comprar é importante. O costume de dar presentes pode ter se tornado uma obrigação destituída de um real valor.
Muitas pessoas entram numa cascata de endividamento para comprar presentes, o que não faz nenhum sentido. Saiba que o comércio tem as suas estratégias para fazer você ficar “louco” para comprar nesta época do ano.
Com as oscilações econômicas, são os lojistas que estão “loucos” pelo seu dinheiro. E eles vão usar várias artimanhas para seduzi-lo. Para não cair nessa armadilha, confira algumas dicas divulgadas pela BBC que a pesquisadora Isabelle Szmigin, professora de Marketing da Universidade de Birmingham (Reino Unido) elaborou. Ela é especialista em Sociologia, Psicologia e Marketing e sua pesquisa é sobre comportamento do consumidor e questões políticas e sociais que envolvem o consumo.
Szmigin alerta que o comércio usa duas estratégias: provocar medo no consumidor e criar um ambiente para o chamado espírito natalino.
O consumismo trabalha com o conceito de desejo. Ora, desejamos aquilo que não temos. Logo, uma das artimanhas é criar nas pessoas o medo de que elas vão perder uma oferta imperdível, que estará disponível apenas no Natal.
Isso só gera angústia e ansiedade, porque nos faz achar que não teremos mais a chance de adquirir aquilo que não temos e tanto desejamos.
Mas será que desejamos, e precisamos, tanto assim?
O clima do Natal é feliz, logo explorar essa felicidade é uma estratégia comercial. Quando estamos felizes, nos sentimos poderosos, logo somos presas fáceis para gastar mais.
As lojas criam um ambiente agradável e confortável para que o cliente permaneça mais tempo nela e, portanto, gaste mais.
Na verdade, o clima natalino pode virar um pesadelo no novo ano, no qual você estará todo endividado.
Pense bem antes de sair correndo para aproveitar aquela “promoção imperdível”. Valorize o que realmente importa na vida, que é o amor, a empatia e a presença (e não o presente).
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Categorias: Sociedade
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