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Embora, hoje, existam muito mais mecanismos para se combater as diversas formas de preconceito, temos muito, ainda, a avançar em termos legais e sociais.
Mas duas notícias nos mostram como a luta para combater qualquer discriminação vem acompanhada de muito amor. Uma delas é sobre uma nova técnica que fertilizou um bebê gerado por três pessoas, de acordo com a revista “New Scientist” e publicação da BBC. A outra notícia é sobre o primeiro casal brasileiro trans que gerou um filho por método natural.
O bebê, que está com cinco meses, nasceu do DNA da mãe e do pai e de uma parte do código genético de uma doadora. A técnica foi feita para que o bebê não corresse o risco de ter a mesma doença genética de sua mãe, a síndrome de Leigh, que poderia atacar o sistema nervoso do bebê.
A técnica, chamada pelos especialistas de doação mitocondrial, pode iniciar uma nova etapa para a medicina, ao possibilitar às famílias que seus filhos não carreguem alguma doença genética. Entretanto, é preciso checar com mais rigor a nova técnica, conforme dizem os especialistas.
Algumas mulheres podem carregar anomalias genéticas nas mitocôndrias correndo o risco de serem passadas para os seus filhos. As mitocôndrias são pequenas estruturas encontradas em todas as células do corpo humano e convertem alimento em energia. O que os cientistas fizeram foi uma reparação da mitocôndria no óvulo antes da fertilização em laboratório com o espermatozoide paterno. O óvulo saudável de uma doadora foi combinado com núcleo do óvulo da mãe. Geneticamente, o bebê tem apenas 0,1% do DNA da doadora e recebe o código genético da mãe.
O casal transgênero Fernando Machado, um homem trans de 23 anos, e Diane Rodriguez, uma mulher trans de 34 anos, realizaram este ano um grande sonho: ter um filho. Eles se conhecerem, em 2013, pelo Facebook através da militância de Diane. Ela encontrou Fernando na rede social e, após muitas conversas, se conhecerem pessoalmente e viraram um casal.
Para o Razões para Acreditar, Diane explica que eles vivem como qualquer casal: “Vivemos como homem e mulher. Sou uma mulher transgênera e o Fernando é um homem transgênero. O processo para chegar até aqui foi difícil para cada um de nós, mas sabendo dos nossos direitos, decidimos adicionar outro membro da nossa família”.
A família de Fernando e Diane também é igual a todas as outras. O casal assegura que o filho terá o apoio e amor dos pais para ser o que quiser. “Não vamos lhe impor nada. Se nosso filho quiser ser ateu, padre, homossexual, heterossexual, engenheiro, hippie, isso vai ser uma questão dele ou dela, desde que seja feliz”, conta Diane.
Cada família com a sua história. Mas uma história de muito amor. Afinal, o amor é muito maior do que qualquer preconceito.
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QUAL SERIA A SUA REAÇÃO SE SEU FILHO LHE PEDISSE UMA BONECA DE PRESENTE?
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