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Começou no dia 21 a Semana Nacional da Pessoa com Deficiências Intelectual e Múltipla deste ano, e a Federação Nacional das APAEs convida a se discutir a questão das diferenças, do ser diferente, da consciência que rege o respeito à diversidade.
O texto que orienta a discussão nesta semana, O FUTURO SE FAZ COM A CONSCIENTIZAÇÃO DAS DIFERENÇAS, escrito por Fabiana Maria das Graças Soares de Oliveira, Professora Mestra em Educação, membro ativo de diversas comissões das APAE e integrante da Comissão da Educação Especial no Conselho Estadual de Educação/MS, abre a discussão colocando as diferenças conceituais entre diferença e desigualdade, afirmando que “ser diferente é uma questão de direitos humanos” e que as “evidências apontam ocorrências na sociedade, ameaçadoras da dignidade das pessoas, ao ponto de não serem aceitas por causa da diferença que apresentam”.
As questões fundamentais que a educadora levanta buscam resposta para:
Por que falar de diferença? Qual sua importância?
O que é diferença? O que tem a ver a diferença com a Semana da Pessoa com Deficiência?
E ressalta que “a luta pelo direito à diferença acompanha a história da humanidade, e se faz presente nos movimentos que confrontam o poder existente nas diversas instâncias sociais, cujos padrões estabelecidos em termos de homem ideal, opções políticas, religiosas, de arte e cultura desconsideram o direito de ser diferente como um direito humano, na tentativa de estatuir o que é conveniente à hegemonia dominante.”
Algumas das citações usadas por Fabiana para fundamentar as questões propostas e orientar as discussões, leia abaixo, eu ressalto aqui por entender que deixam assim “claras como água de fonte” a questão a ser debatida:
[…] a diferença faz a cultura. A diferença faz a arte. A diferença faz a democracia. Diferença é outra coisa, absolutamente diferente da desigualdade. Não queremos desiguais, mas precisamos dos diferentes (Padilha, 1999).
[…] a diferença entre pessoas, povos e nações é saudável e enriquecedora; que é preciso valorizá-la para garantir a democracia que, entre outros, significa respeito pelas pessoas e nações tais como são com suas características próprias e individualizadoras; que buscar soluções e fazê-las vigorar é uma questão de direitos humanos e cidadania (Lopes, 2005).
[…] a desigualdade, que é socialmente construída, sobretudo numa sociedade tão marcada pela exploração classista. É preciso ter claro que igualdade convive com diferenças – mas que não são reconhecidas como desigualdades, isto é, não pode existir uma valoração de inferior/superior nessa distinção. A diferença pode ser enriquecedora, mas a desigualdade pode ser um crime (Benevides, 1998).
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Fonte e fotos: APAEBRASIL
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