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É uma função quase tão difícil quanto ser pai e mãe: ser padrinho ou madrinha não é para qualquer um. Muito além das tradições religiosas, apadrinhar uma criança é dar a ela parte de si, o tempo, o afeto, as preces. Por tudo isso é essencial saber da importância dessa figura tão antiga, e que já foi vista de várias formas no decorrer da história. Conheça mais sobre o assunto, por que esse é um “cargo” tão especial e como ser um bom padrinho ou madrinha.
O costume de apadrinhar crianças começou com a Igreja Católica, no Século II, como forma de reconhecer um indivíduo como responsável pela educação religiosa dos pequenos e comprometer-se a estar presente, especialmente caso os pais viessem a faltar ao filho, de alguma forma.
A tradição foi se estendendo por séculos e se adaptando.
Por exemplo, no feudalismo o apadrinhamento era feito para que o servo ou vassalo quitasse dívidas que tinham com a Igreja. Muitas vezes o apadrinhado tornava-se um filho, mostrando a força que esse costume tinha na época.
Legalmente existe ainda o apadrinhamento civil, no qual há um comprometimento por parte de alguém de cuidar e sustentar uma criança, sem precisar fazer a adoção.
Há ainda os padrinhos de investidura, que orientam os apadrinhados sobre diversas coisas, sem que tenha, necessariamente, aspectos religiosos envolvidos.
E por falar em religião, a Umbanda também utiliza o conceito de apadrinhamento.
Os pais-de-santo e mães-de-santo são padrinhos do centro de Umbanda, exercendo cargo de liderança e orientação.
É comum que as pessoas associem o padrinho ou madrinha com o batizado, mas é importante saber que as obrigações com o afilhado não param no dia da cerimônia.
O padrinho ou madrinha devem ser exemplo para seus apadrinhados, orientar, guiar, estar presente. É uma função de comprometimento, quase tão parelha ao de pai e mãe.
Por isso é essencial ter atenção para saber ser um bom padrinho ou madrinha.
Algumas dicas podem ajudar.
Não basta ver os afilhados em datas especiais, como o aniversário; padrinho e madrinha de verdade tem que estar presente na vida das crianças, construindo laços e vivenciando momentos juntos. Esse é o maior presente para os apadrinhados.
Padrinhos e madrinhas devem ser também um guia, não somente espiritual, mas de todas as outras áreas da vida. Se o afilhado quer conversar, se precisa de um conselho, seja o ouvido, o ombro amigo que ele vai recorrer, quando precisar.
A função de apadrinhar envolve relacionar-se com toda a família, não somente com o afilhado. Esteja sempre próximo dos parentes mais próximos da criança e construa boas relações com eles, principalmente com os pais e irmãos.
Padrinhos e madrinhas são também um espelho para os afilhados. Nunca perca isso de vista, pois as crianças veem os adultos que têm afeto como exemplos.
A função de padrinho e madrinha é para vida toda. Por isso, antes de dizer sim a um pedido de alguém querido, pense bem se vai poder suprir as necessidades de afeto, cuidado e ter tempo para o afilhado. Isso é o mais importante.
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