Há alguns anos, a comunidade médica e científica já alerta sobre os males do cigarro não apenas para quem fuma, mas, também, para quem convive com fumantes, os chamados fumantes passivos.
No caso de pais fumantes, a situação ainda é mais grave, porque os filhos, além de serem fumantes passivos, podem seguir o exemplo do pais e começarem a fumar, às vezes, muito jovens.
Muitos filhos de pais fumantes apresentam quadros de infecção respiratória, sem que os pais imaginem que a causa pode ser o cigarro. Devido aos graves problemas decorrentes do hábito de fumar, no dia 31, o tabagismo será um tema tratado pelo EXTRA Debate junto com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Segundo Ricardo Henrique Meirelles, pneumologista da Divisão de Controle do Tabagismo do Inca, “se a mãe fumar ou for fumante passiva, o tabaco pode causar problemas para o feto e para bebês em fase de amamentação. Já crianças maiores, com pais fumantes, podem ter pneumonia, asma ou sinusite e mais chances de doenças futuras, como câncer de pulmão”. O problema ainda se agrava porque normalmente a criança respira de forma mais acelerada do que o adulto, o que faz com que ela inale mais substâncias tóxicas.
Um outro fator é a influência que crianças e jovens podem sofrer vendo os pais fumando. O presidente do Departamento de Pneumologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Leonardo Araújo Pinto, alerta que “os pais, mesmo fumantes, podem ter aparência saudável e isso influenciar a decisão da criança ou do adolescente de achar que aquilo é normal. As advertências da escola e da imprensa acabam não sendo suficientes, porque o que criança vê é mais forte”.
Não são apenas as crianças que estão sujeitas a desenvolverem alguma doença provocada pelo tabaco. Os adultos que convivem com fumantes também são suscetíveis a terem doenças tais como cânceres e derrame cerebral. Quem convive com um fumante por cerca de 20 anos pode ter reduzida a sua capacidade respiratória de forma semelhante a quem fuma dez cigarros por dia.
Desde 1996 está em vigor a Lei nº 9.294, que proíbe o ato de fumar em lugares fechados. A lei não apenas evita o contato de não fumantes com fumantes, como também é um meio de fazer com que estes fumem menos.
De qualquer maneira, o vício do cigarro, como qualquer outro, é uma doença, e como tal precisa ser tratada.
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Fonte: jornalfloripa
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