Menos indiferença e mais solidariedade, afinal, só existe uma raça


Vocês se lembram daquele poema, “A Indiferença“, do qual existem várias versões atribuídas a diversos autores: Bertold Brecht, Maiakovski, Martin Niemoller, dentre os mais conhecidos? Pois, um dos textos, o de Niemoller, diz que:

“Primeiro, os nazistas vieram buscar os comunistas, mas, como eu não era comunista, eu me calei. Depois, vieram buscar os judeus, mas, como eu não era judeu, eu não protestei. Então, vieram buscar os sindicalistas, mas, como eu não era sindicalista, eu me calei. Então, eles vieram buscar os católicos e, como eu era protestante, eu me calei. Então, quando vieram me buscar… Já não restava ninguém para protestar”.

A indiferença, retratada neste pequeno texto, mostra muito do que acontece pela mundo. É o contrário da solidariedade, fundamentada na empatia que temos quando nos colocamos no lugar do outro, o que não é fácil.

Hoje, acompanhando as notícias sobre a Grécia, Líbia, Síria, Haiti, entre tantos conflitos pelo mundo, vejo que existe imensa indiferença sobre a sorte do nosso semelhante, ser humano de outro povo, outra cultura. Falta empatia e solidariedade humana.

Afinal, só existe uma única raça de humanos neste planeta, a nossa, a raça humana. Raça essa que, segundo os cientistas, veio da África e, espalhando-se pelo planeta, criou essa enorme variedade de cores e culturas, nossa maior beleza, a diversidade.

Esta mesma, a raça humana, é que está hoje organizada em continentes, países, povos. Temos esse planetinha azul, que é nossa casa ambulante pelo espaço. Temos os mares, águas que se comunicam e que, se sujamos aqui, logo matamos os peixes acolá. Temos conflitos territoriais pois, não há como manter boas relações quando um acha sempre que a grama do vizinho é melhor que a sua, não é?

Pois, de forma simplista estou aqui dizendo que os problemas da humanidade não passam de “conflitos de relacionamento e interesses“. É, e o absurdo dos absurdos é que não conseguimos ver que estaríamos muitíssimo melhor se aceitássemos viver em paz com o vizinho.

A questão está em “o homem ser o lobo do homem” ou, em que este medo, já descrito pelo filósofo Thomas Hobbes, permeia a humanidade e é justificativa inconsciente, ou não, das decisões e atitudes mais nefastas. Acredito eu que, dentre essas decisões nefastas e, claro, apoiada em condições objetivas históricas como revolução industrial, luta de classes, exploração de recursos, etc e tal, está a manutenção de um sistema econômico cujo lema principal é “o lucro acima de tudo” e o qual só subsiste porque uns exploram outros, uns se acham melhores e com mais direitos que outros, uns, poucos, detêm a maior parte dos bens materiais que, sem os outros, os que os fazem, os que trabalham, não existiriam. Ou seja, falando claro, um sistema que se fundamenta na exploração do homem pelo homem, no desrespeito total à condição humana, no desprezo total à natureza como parte da vida.

Bem, e “cadê” a SOLIDARIEDADE entre os humanos? Acredito que este seja um dos princípios a se resgatar pois, sem solidariedade não sobreviveremos como espécie. Cada um de nós, humanos, cada um de nós, brasileiros, precisamos resgatar a solidariedade humana mais que não seja porque, amanhã, se não mudarmos, para melhor, o sistema que nos rege no mundo, estaremos todos, absolutamente todos, na mesma situação calamitosa em que hoje se encontram alguns dos países que mencionei acima.

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Fonte foto: maisbahia.com.br




Redação greenMe

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