Um assunto sempre controverso e também cada vez mais presente na pauta dos brasileiros, a liberação da maconha ainda enfrenta grande resistência no Brasil, mas seus defensores se multiplicam quase no mesmo montante dos que são contrários à legalização. Recentemente, depois do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declarar apoio à descriminalização da maconha, foi a vez de Luís Inácio Lula da Silva compactuar com seu histórico rival e aderir a legalização da planta.
Nomes de peso que se juntam aos manifestantes que compuseram a Marcha da Maconha, realizada no último dia 23 de maio na Avenida Paulista, em São Paulo – SP, pedindo a legalização da produção e do uso da planta. De acordo com a estimativa da Polícia Militar, quatro mil pessoas estiveram na manifestação, mas os organizadores do movimento contabilizaram 15 mil manifestantes.
Em São Paulo, os manifestantes se reuniram no vão-livre do Masp, tradicional ponto de encontro para as manifestações, e depois, por volta das 16:20, se deslocaram pela avenida no sentido Consolação aos gritos de “Dilma Rousseff, legalize o beque”, “Eu sou maconheiro com muito orgulho, com muito amor” (em alusão ao cântico da torcida brasileira na Copa do Mundo), “Legalize já” e “Ei usuário, planta no armário”.
Evidentemente, alguns dos manifestantes fumavam cigarros de maconha, o famoso “beque”, mas, mesmo estando na presença da Polícia Militar, nenhum deles sofreu qualquer tipo de represália da PM pelo porte da droga, ainda não legalizada. Os comentários postos na página oficial da Marcha da Maconha, criticando as recentes ações de violência que aconteceram em manifestações com a presença da polícia militar, devem ter ajudado a manter os ânimos tranquilos.
É importante lembrar também que, apesar da reivindicação ter gritos solicitando a liberação da maconha na figura da presidente Dilma Rousseff, os próprios membros da manifestação sabem que essa é uma missão para o Poder Legislativo, o que não parece muito fácil devido à postura conservadora que o Congresso assumiu desde a última eleição federal.
No Brasil, segundo dados do II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas – Uso de Maconha no Brasil, realizado pelo Instituto Nacional de Políticas de Álcool e Outras Drogas (INPAD) da Unifesp, mais de 1,5 milhão de pessoas, com ou sem legalização, fumam cigarros de maconha todos os dias.
O tema da Marcha da Marcha 2015 é “Pela liberdade d@s noss@s pres@s, em memória aos noss@s mort@s – Legalize”, em defesa dos cultivadores indoor presos e em referência às morte geradas pela guerra do tráfico de drogas.
E como dissemos hoje, a sociedade se conscientiza e faz suas vozes serem soadas por um mundo mais justo onde ninguém seja preso por plantar uma erva, onde decidamos o que é bom pra nós e para o nosso planeta, sem que a mídia tradicional, e provavelmente imparcial, nos dite regras. A voz do povo promete finalmente a democracia que buscamos.
Participe da Marcha da Maconha em sua cidadde. Acompanhe o evento e saiba quais cidades e onde se realizarão as próximas Marchas neste ano. Participe!
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