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Ao longo da campanha pelas eleições presidenciais de 2014, muito se criticou a postura de alguns candidatos – notadamente Marina Silva, Luciana Genro e Eduardo Jorge – em apresentarem programas de governo, ou – principalmente no caso de Silva – ser uma candidatura que trazia à luz a sustentabilidade. Talvez por defesa de seus candidatos, ou um partidarismo desses veículos, acabamos chegando ao segundo turno justamente com dois entre os candidatos – Aécio Neves e Dilma Rousseff – que, possivelmente, têm menos ligação histórica com o meio ambiente e que apresentaram um programa de governo apenas na última semana antes da votação – caso de Neves – ou nem chegaram a fazê-lo – Rousseff.
Dito isso, agora parece-se ter percebido que há uma série de organizações da sociedade civil que não perderam o meio ambiente de vista e vêm pressionando os candidatos restantes a abraçarem a causa, se não em sua totalidade, ao menos em parte. Já vimos em outras oportunidades o caso de ONGs como o ou o WWF. Mas muitos outros grupos têm se mobilizado, com o mesmo objetivo. Vejamos a seguir alguns dos mais destacados, que pretendem fazer com que a pressão das demandas por mudança na política ambiental virem, finalmente, pauta de governo.
Não se pode negar que a sociedade venha, cada vez mais, tentando fazer sua parte no contexto das eleições; pressionando e tentando levar os candidatos a assumirem publicamente compromissos – que, já deveriam ser a base de todas as candidaturas. Muitas vezes, em vão, por medo dos políticos em desagradarem setores da sociedade, perdendo votos.
, justamente para influenciar na corrida eleitoral, trata-se de um movimento que é composto por um conjunto de 63 organizações, cuja definição oficial é a seguinte: “um conjunto de princípios e compromissos, condensados em sete eixos estratégicos, que tem por objetivo o comprometimento de candidatos aos cargos executivos estaduais e federal com o desenvolvimento sustentável do País, por meio de propostas concretas”.
* Respeito aos limites naturais do planeta;
* Valorização do trabalho;
* Integridade e transparência na gestão pública;
* Reforma política;
* Economia para a sustentabilidade;
* Diminuição de desigualdades sociais.
Nesse caso, temos uma série de organizações ambientalistas envolvidas em uma iniciativa são, também de cunho coletivo, com foco específico em aplicação do Código Florestal em propriedades de todo o Brasil. Algumas das participantes do Observatório são: SOS Mata Atlântica, Iniciativa Verde, Instituto Socioambiental (ISA) e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).
Entre as demandas partilhadas pelo Observatório e pela Agenda estão a aprovação da PEC que envolve um Programa de Metas dos Governantes – sejam prefeitos, governadores ou presidentes – de apresentar, em até 90 dias após a posse, um programa de metas para seu mandato. Atualmente, os homens e mulheres públicos podem fazer promessas, não cumpri-las, e não serem responsabilizados por isso.
Acompanhemos se, em um segundo turno, os candidatos, Neves e Rousseff, passam a, de fato, se comprometerem com tais demandas, essenciais para a sociedade. É o nosso desejo para os próximos anos.
Fonte Foto: agendabrasilsustentável.org
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