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Recentemente, tem ganhado destaque na mídia um tema bem polêmico, o consumo de placenta, após o parto de um filho. Celebridades como o ator norte-americano Tom Cruise, são partidários dessa prática em que se alega um grande número de benefícios.
O “mercado” tem crescido tanto, que até mesmo empresas já passam a se dedicar a oferecer serviços dentro dessa área, isto é: tomam a matéria-prima, desidratam-na e a encapsulam, para que a mãe possa ingerir como suplemento.
A grande questão é a falta de experimentos científicos que comprovem a real eficácia do procedimento.
Trata-se de um órgão vascularizado, responsável por conectar o feto à parede do útero; fazendo com que haja passagem de elementos para a nutrição e também o oxigênio para a corrente sanguínea do feto, bem como a eliminação do dióxido de carbono e dos resíduos à base de nitrogênio. Assim, a placenta se caracteriza como um verdadeiro resíduo, um subproduto do parto, sendo tradicionalmente descartada, após esse procedimento, seja cirúrgico ou natural.
Quem defende a prática de ingestão de placenta – ou placentofagia – , costuma propor que esse órgão é riquíssimo em nutrientes, ideal para a recuperação da mãe, no pós-parto e amamentação. Certas mulheres têm chegado até a tomar uma vitamina de placenta antes do parto. Outros procedimentos incluem até mesmo a retirada de um pedaço do órgão para a colocada sobre a gengiva, de modo a dar mais energia para o momento posterior ao parto, inclusive reduzindo risco de depressão pós-parto. Há ainda a elaboração de uma tintura, que pode ser consumida em gotas, como um Floral de Bach.
No Oriente, mais precisamente na China, há um consenso sobre os benefícios do consumo de placenta à saúde.
Uma das empresas que realiza esse tipo de atividade – Independent Placenta Encapsulation (IPEN) – cobra cerca de R$ 520 para fazer o suplemento em cápsulas, ou R$ 100 pela vitamina de placenta.
Entretanto, tem havido ações judiciais, que resultaram em um veredicto contrário à IPEN e pode levar a corporação a seu fechamento.
Entre todos os animais, encontramos os humanos bem acompanhados, quando pensamos na questão de placentofagia. Somente mamíferos marinhos e parte pequena de animais domésticos não consomem os subprodutos do parto. Todas as outras espécies de mamíferos o fazem, de forma instintiva.
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