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Por mais que tenha sido desejado ou que a decisão de divorciar-se tenha sida ponderada e tomada com sabedoria, não há como negar: a barra pode pesar, se não agora, mais tarde. Como enfrentar a questão do divórcio, inclusive quando a coisa é ainda mais complicada, ao envolver filho(s)?
Algumas dicas práticas e básicas de pessoas que já passaram por isso (e são muitas!) são sempre bem-vindas, mas, nos casos mais difíceis, como, por exemplo, se um dos ex-cônjuges se sentirem desanimados, deprimidos ou, enfim, culpados em demasia, vale sempre a pena procurar por ajuda especializada profissional, como a de um psicoterapeuta, por exemnplo.
Muitas pessoas ainda acreditam que casamento é para sempre. Mas nem sempre isso acontece. No Brasil, um em cada cinco casamentos acaba em divórcio, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Claro que quando uma pessoa se casa, ela espera que a relação dure para sempre, afinal, ela encontrou o amor da sua vida. Mas, à medida que os anos passam, os parceiros podem se distanciar, porque as pessoas mudam com o tempo, tomam direções diferentes na vida e, até mesmo, opostas.
Muitos casamentos acabam com respeito e carinho, mas o casal reconhece que já não existe um amor capaz de sustentar a relação e escolhem seguir as suas vidas separadamente. Enfim, independentemente do motivo, o divórcio pode acontecer e nunca ninguém está realmente preparado para lidar com ele.
Mas é possível “colocar a cabeça no lugar” e passar por esse processo, que é sim doloroso, de uma maneira que traga menos aflição para ambas as partes e, se o casal tiver filhos, que seja menos traumático para eles.
Essa decisão é processual e extremamente complicada, por tratar-se de uma experiência fortemente emotiva e difícil de se enfrentar. Mas é possível passar por ela e superá-la.
O WikiHow selecionou algumas orientações que podem ajudar você nesse processo. Confira:
Enfrentar o divórcio significa que você terá o seu tempo para sofrer. Tanto o processo quanto o fim dele não vão deixar você saltitante, por mais que você queira isso. Afinal, você está terminando uma relação com alguém que amou, construiu uma vida e teve expectativas e sonhos.
Aceite esse momento de dor e viva-o. Chore, desabafe com um amigo, coma uma barra de chocolate, fique sozinho… qualquer coisa que alivie a dor e a confusão dos seus sentimentos deve ser vivida. Não finja que você é forte e que está tudo bem. Isso só vai piorar as coisas. Expresse os seus sentimentos e sinta-os.
Escrever sobre o que você está sentindo pode ajudar bastante a se expressar e a compreender melhor os seus sentimentos.
Claro que é normal um sentimento de arrependimento sobre o fim do casamento, como ter magoado alguém que você amou ou ainda ama. Mas não fique remoendo o “e se…”. Isso deixará você ainda mais triste sobre coisas que não estavam ao seu controle ou alcance naquele momento. Mas aproveite para refletir sobre o momento e aprender com ele.
Encarar o divórcio sozinho não é fácil. Compartilhe o que está passando com um amigo e com a família. Às vezes, um terapeuta pode ajudar você a entender melhor os seus sentimentos e passar pelo processo de uma forma mais positiva.
Seus amigos também vão ajudar você a sair, se sentir melhor e a ver um outro mundo possível.
Essa parte é muito difícil, ainda mais quando ainda há esperanças de que a relação seja retomada. É que leva tempo mesmo para “cair a ficha” de que a relação acabou. Mas a vida continua. Siga em frente e viva a sua vida da melhor forma que for possível nesse momento. Habitue-se com a sua nova rotina e tente vê-la positivamente, dando valor a coisas que, antes, não faziam parte dela.
Quando há filhos envolvidos, não dá para cortar totalmente a relação com o(a) ex. Mas também não dá para manter o mesmo tipo de conversa e compartilhamento dos tempos de outrora. Tampouco use os filhos para tentar uma aproximação.
Se o casal não tem filhos, é mais fácil. Por mais que exista amizade, é bom dar um tempo, para você viver o seu processo sozinho, evitando mais confusão ainda.
Pode levar anos até que você se sinta realmente confortável para encontrar o seu ex na rua e tomar um café com ele ou ela sem sentir as pernas tremerem.
Não é fácil estar em paz no meio de um redemoinho emocional. Procure alguma atividade que traga relaxamento, como uma aula de pintura, música, yoga, ou que extravase os sentimentos, como correr ou nadar. O importante é tirar o foco da dor.
Essa, talvez, seja a parte mais delicada do processo: não misturar os sentimentos dos filhos com os dos pais separados. Claro que os filhos sentem a separação dos pais, mesmo quando ela acontece “numa boa”. Mas o mais importante durante o divórcio é que a criança não seja usada pelos pais para ser colocada contra um e outro.
Por isso, nunca fale mal da mãe ou do pai de seus filhos. Se vocês tiveram algum problema, ele é de vocês e vocês são os responsáveis por resolvê-lo. O papel que cada um desempenha deve continuar como referência para a criança. Os filhos também estão sofrendo e entendendo menos ainda tudo o que está acontecendo. Se os pais conseguem levar o divórcio com equilíbrio, isso vai se refletir nos filhos.
Tratem da guarda das crianças e estabeleçam o que for melhor para elas. Um advogado de confiança é o melhor mediador para lidar com todos os aspectos legais do divórcio, ainda mais se envolver bens.
Procure manter o diálogo com o(a) ex e evite levar as decisões para a justiça. Demora-se mais, gasta-se mais dinheiro e o estresse é muito maior. Como diz Frederico Viegas, professor de direito da Universidade de Brasília: “Acordo só é bom quando é bom para ambas as partes”.
Evite brigas desnecessárias que só fazem mal a todos. Procure soluções pacíficas e que sejam boas para ambos.
“Quando um não quer, dois não beijam”, já diz o ditado. Não fique dando murro em ponta de faca se a relação realmente acabou. Evite tentar uma reconciliação quando o fim já se instalou. Logo, não arraste o divórcio. Resolva-o logo e siga a sua vida.
É comum um dos cônjuges querer não pagar pensão achando que o marido ou a mulher vai ficar com o dinheiro. A pensão alimentícia é para os filhos, que continuam tendo as mesmas necessidades que tinham quando os pais eram casados. As crianças precisam de moradia, de comida, escola, vestimenta, enfim, tudo isso tem um custo e os pais são os responsáveis pela manutenção dos filhos.
E não pense que dinheiro compensa amor e atenção. Há pais que, ao contrário, acham que dando presentes podem se eximir de suas responsabilidades paternas. Tenha em mente que os filhos devem ficar ilesos nessa história toda.
Nenhuma dica dessas vai evitar o sofrimento de uma separação, mas elas podem ajudar você a lidar melhor com os seus sentimentos e com as formas que você deve organizá-los para sair melhor desse processo que é muito sofrido e complicado.
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