Papa Francisco: é preciso ter esperança. Paz para 2017


O Papa Francisco é uma das figuras públicas que, atualmente, mais tem se envolvido em questões de paz mundial. Ele tem sido um severo crítico ao uso de armas, ao terrorismo e à situação da Síria, além de pedir paz e compaixão em um mundo onde há guerra, fome, intolerância e preconceito.

A mensagem de fim de ano do pontífice pede esperança para o enfrentar o ano de 2017. Esta semana, ele falou aos católicos para terem esperança em um mundo melhor e sonharem o “inimaginável”, segundo a Gazeta Web. “A esperança surpreende e abre novos horizontes, torna capaz de sonhar aquilo que não é nem imaginável”, diz a mensagem utópica do papa Francisco.

A esperança, segundo o líder católico, é um caminho difícil porque é atravessada pelo desalento, comum em momentos de crise. Mas é ela que “faz entrar na escuridão de um futuro incerto para caminhar na luz”, ressaltou.

Por fim, o papa desejou, em sua mensagem de fim de ano, que 2017 seja um ano de graça e que receba as bênçãos de Deus.

Mensagem para as vítimas do terrorismo

Como habitual em seus discursos, o papa Francisco deixou uma mensagem especial para as vítimas da guerra na Síria, que perderam entes queridos e viram suas vidas serem destruídas. Da Basílica de São Pedro, o pontífice mencionou o sofrimento sírio e disse que “é tempo de as armas se calarem” e que a comunidade internacional precisa chegar a uma solução negociada para pôr fim à guerra.

Progressismo no Vaticano

Muitas pessoas acham que o pontificado de Francisco é progressista, embora a Igreja Católica tenha como bandeira preceitos conservadores. Ainda assim, as mensagens do papa Francisco vêm inspirando pessoas no mundo inteiro, até mesmo quem não segue a religião católica.

De acordo com a professora de Relações Internacionais e especialista em diplomacia religiosa Anna Carletti, o papa Francisco criou uma nova estrutura de acordos no Vaticano. “Ele forma equipes, núncios, agrega com pessoas nativas dos países envolvidos. Todos trabalham em silêncio. Essa forma de fazer diplomacia é diferente, pois, antes, era comum um Papa assinar uma carta de próprio punho pedindo um acordo de paz. Francisco não é assim. Ele transformou o trabalho de ‘líder’ do Vaticano em ‘trabalho de equipe'”, esclarece a especialista para o UOL.

Por ser originário de um país latino-americano, Francisco conhece a desigualdade social de perto. Na sua visão de mundo, a paz só pode ser alcançada se os efeitos da desigualdade social e econômica forem superados, acredita Carletti.

Paz em 2017

Este ano termina com um triste atentado terrorista em Berlim e com as imagens da destruição em Aleppo. Nestas horas, os ânimos do cidadão médio tende a ser ultranacionalista, fechado, xenofóbico e preconceituoso. A ideia é o de “salve-se quem puder”, mesmo que em detrimento dos direitos humanos duramente conquistados, e mantidos, principalmente na Europa.

Por isso é importante que uma figura pública, um líder mundial como papa Francisco, se pronuncie incansavelmente a favor e em nome da paz, pelo fim dos investimentos bélicos, das políticas de segregação e pela manutenção dos direitos humanos.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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