São várias as causas pelas quais nós temos que lutar se quisermos viver em um mundo melhor para todos.
A sueca Greta Thunberg tornou-se um símbolo da luta climática em todo o mundo e, talvez, esta não terá de ser a sua única frente de ação se desejar viver em um mundo mais igualitário.
Greta participou de um episódio no qual uma ativista de Uganda, Vanessa Nakate, foi vítima de racismo.
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Our Ugandan ally @vanessa_vash (23) has rightfully accused the Associated Press of racism after they cropped her out of an image featuring fellow climate activists. This is what the perpetuation of white supremacy looks like. pic.twitter.com/j5WerW7eP2— AFRICAN CLIMATE ALLIANCE (@AfrClimAlliance) January 26, 2020
Cinco jovens ativistas posaram para uma foto oficial em Davos. Quatro deles, incluindo Greta, são brancas e Nakate, a única negra, foi cortada da fotografia em uma edição da Associated Press (AP), agência de notícia dos Estados Unidos. Outras agências também tiveram uma atitude afrontosa, como a Reuters, que errou o nome da ativista ugandense, confundindo-a com outra ativista negra, Natasha Mwansa, de Zambia.
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Greta escreveu uma mensagem de solidariedade à colega, segundo a Revista Forum:
“Sinto muito que tenham feito isso com você… Você é a última que mereceria isso! Estamos todos gratos pelo que você tem feito e todos mandamos amor e apoio! Espero te ver de novo”.
O diretor de fotografia da AP, David Ake, saiu em defesa do fotógrafo argumentando que ele decidiu cortar Nakate da foto por razões “de composição”, já que havia um prédio atrás da jovem que “seria uma distração do foco”.
Em um vídeo, Nakate comenta sobre como os negros são apagados das discussões sobre o clima, sendo que a África é uma das regiões do mundo mais afetadas pelo aquecimento global. Apagá-la da fotografia não foi um atitude somente contra ela, mas um gesto de apagar do mapa um continente.
“Nós não merecemos isso. A África é o continente que menos emite carbono, mas somos o mais afetado pela crise climática. Vocês apagarem nossa história não vai mudar nada”.
Não é apenas a questão climática que deve nos unir, mas a luta por um mundo no qual todos nós sejamos respeitados em nossas diferenças.
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