Como um bebê morre na Síria


A Síria está devastada pela guerra. E, nesse cenário de horror, são as mulheres e as crianças as principais vítimas.

Dentre os inocentes mortos, um bebê de apenas dois dias morreu no massacre sírio. Homens, mulheres e crianças têm se refugiado em um dos hospitais da cidade de Aleppo. Civis não param de morrer em ataques aéreos que destruíram cerca de sete hospitais e um banco de sangue, colocando ainda mais em risco a vidas das pessoas. A denúncia veio da Associação de Médicos Independentes (IDA), que também anunciou o fechamento de instalações devido a ataques contínuos. .

Ainda é impossível estabelecer um número exato de mortes, mas, de acordo com ativistas dos Comitês de Coordenação Local, muitas crianças estão entre os mortos. “O fornecimento de oxigênio para recém-nascidos foi interrompido após um atentado contra o hospital, o segundo ataque sobre a estrutura no espaço em doze horas. Os médicos só podiam gritar aos colegas para proteger as crianças “, diz a IDA.

Em uma coalizão internacional liderada pelos EUA, aviões franceses e norteamericanos bombardearam os arredores da cidade de Manbij, a 80 km de Aleppo. Somente nesse ataque, morreram de 57 a 120 civis, mas como os dados não são confiáveis esse número pode ser muito maior. Segundo a Unicef, 20 eram crianças. Na cidade, há 150 mil desabrigados, sendo 35 mil crianças.

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A população está sem comida, remédios e água potável. Isto é, estamos falando de dezenas de milhares de pessoas sem qualquer tipo de assistência.

Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) lançaram uma petição para resolver a questão em nível internacional, porque o tema da fuga de pessoas é uma questão humanitária, e não um problema de segurança. “Apelamos a todas as partes no conflito e, em particular, ao governo sírio para acabar com a segmentação de infraestruturas civis, como hospitais e escolas, e para cessar o uso indiscriminado de armas em áreas urbanas onde os civis estão pagando o preço mais elevado. Todas as partes no conflito devem respeitar o direito humanitário“, esse é o apelo de Teresa Sancristóval, coordenadora de emergência do MSF.

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Entretanto, o apelo não adiantou e nada mudou. Cerca de 12.000 crianças foram mortas. Mais de 2,3 milhões fugiram do país. As crianças são vítimas diretas e indiretas da guerra, já que, aquelas que sobrevivem, passam por traumas físicos e psicológicos.

O que ainda preocupa é que esse cenário de horror não tem dia para acabar.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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