Atualmente, nesse mundo globalizado e tecnológico, umas das coisas mais fáceis de se fazer é comprar, seja pelo notebook, tablet, smartphone ou em uma loja física. Crédito, débito, boleto ou qualquer outra forma facilitada de pagamento garante a possibilidade de uma “boa” compra. Boa, ou talvez, só uma dor de cabeça adiada pelas parcelas do cartão…
Como se já não bastasse toda essa facilidade para os gastos, ainda nos deparamos com inúmeras ações de marketing que incentivam cada vez mais a compra. O consumo, que antes servia para sanar uma necessidade, virou obrigatoriedade e até terapia para a cura de alguns casos de estresse ou depressão e, com isso, surge o consumismo. Segundo o Serviço de Proteção ao Crédito, em uma pesquisa divulgada ontem (13), a maioria dos brasileiros – 52% do total de entrevistados – assumem ter feito alguma compra por impulso nos últimos três meses.
As roupas ficaram no topo da lista como um dos produtos mais comprados por impulso nesses três meses (29%) seguida de calçados com 19%, eletrônicos e celulares com 18% e perfumes e cosméticos com 12%. A principal justificativa dada pelos consumidores foram as jogadinhas de marketing como os descontos e promoções. Os shopping centers foram os locais mais apontados para essas compras impulsivas com 35% das respostas, e em segundo lugar ficou as lojas virtuais com 23%.
O consumismo pode ter origens emocionais, sociais, financeiras e psicológicas onde juntas levam as pessoas a gastarem o que podem e o que não podem com a necessidade de suprir a diferença social, a falta de recursos financeiros, a baixa autoestima ou alguma perturbação emocional. Sem planejamento, essas pessoas adquirem produtos supérfluos e acabam se endividando excessivamente. E com isso o consumo impulsivo vira um peso no bolso, e muitas vezes na cabeça, do consumidor.
A pesquisa também apontou que um em cada três consumidores ouvidos demonstrou não ter um planejamento com as suas compras: 35% admitiram não ter o hábito de olhar o extrato bancário antes de fazer uma compra parcelada e 12% chegam a incorporar o limite do cheque especial e do cartão de credito ao orçamento disponível para o gasto do mês.
Como se não bastasse o aperto na carteira há, também, a gigantesca pegada ecológica que é deixada no planeta devido aos nossos impulsos consumistas. O consumismo vem esgotando os recursos naturais, em especial as matérias primas e as fontes de energia. Caminhamos para um colapso ambiental e é necessário repensar se o planeta conseguirá suprir toda essa demanda que a sociedade atual exige.
Talvez seja a hora de exaltar o simples, uma vida desprovida de excessos e caracterizada pela despreocupação em relação ao “quanto mais melhor”. A consciência em relação aos perigos e consequências do consumismo e do materialismo levam a uma recusa em viver com excessos e coisas desnecessárias.
Então, que tal iniciar o desapego em casa e desafogar, também, o bolso? A simplicidade começa com a eliminação do excesso que temos em casa e continua com a economia de dinheiro, a valorização das experiências e das relações pessoais em vez das materiais.
E, se para isso precisarmos de uma inspiração, conheça aqui histórias de pessoas que desapegaram dos conceitos engessados no consumismo e hoje são mais felizes, realizadas e saudáveis.
Pense nisso!
Fonte foto: freeimages.com
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