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Quem ensina, ensina alguma coisa que sabe fazer. Não é possível de outra maneira, ninguém dá o que não tem. Isso também é verdadeiro para o que sabemos, pensamos, acreditamos que devemos ensinar às nossas crianças.
Ou seja, primeiro precisamos aprender a sermos resilientes, ter tolerância e empatia, e ensinar, transferir essas qualidades básicas da inteligência emocional para os nossos futuros, os pequenos.
Essas são três das qualidades fundamentais para que o ser humano e, com ele, a humanidade como um todo, se desenvolva e evolua humanamente. A base dessas três qualidades é a capacidade de ser-se solidário (sem adjetivos, sem bandeiras, só isso, ser solidário).
E para se ser solidário é preciso desenvolver a capacidade de amar, de se dar ao próximo. E para que isso seja possível, o ser humano precisa ser seguro de si mesmo – portanto, capaz de empatia, tolerância e resiliência. E, finalmente, crianças com essas capacidades treinadas, estimuladas, fortalecidas, com certeza serão adultos seguros, tranquilos e com maior capacidade de superar adversidades e, definir bons objetivo de vida. Sim, acredito que é preciso saber-se definir um bom objetivo para poder conquistá-lo.
O blog Desenvolvimento Infantil da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal nos dá algumas dicas de como ajudar nossas crianças a desenvolverem as principais qualidades de que falamos acima e algumas outras que caminham juntas no bom aprendizado de se viver em harmonia e paz, nesta Terra.
Mostre que você, de verdade, acredita na sua criança e em suas capacidades. Foque as coisas boas que ela faz. Não a rotule. Ao repreendê-la, não a confunda com várias coisas que fez ou fará “se”, fale só do erro e de como consertá-lo para futuro. A culpa não serve de nada, aposte na certeza da vontade de fazer bem. Aposte na autoconfiança.
Ter medo é natural mas, é preciso aprender a enfrentá-lo. Esse é o treinamento para a coragem. A coragem também tem muito de desprendimento. A gente tem medo de perder mas “não o usa” então, ensinar, treinar, uma criança para que seja corajosa tem a ver com ensinar ela a enfrentar os medos. Esteja junto, ao lado, pouco a pouco ela conseguirá sozinha vendo que você, adulto, acredita que ela o conseguirá.
A paciência é uma das coisas mais difíceis de se aprender, acredito eu, e por experiência própria. Mas é fundamental de se treinar – em jogos, brincadeiras – aliás, este é um treinamento constante, de todos nós porque, senão, num repente, lá se foi a paciência para o buraco. Paciência é um dom divino que recebemos, e exercemos, quando nos sentimos tranquilo internamente, em paz conosco e com o Universo.
As diferenças existem – de cor, credo, cultura, de físico, de habilidades, de idioma. Aprender a ser tolerante tem a ver com aprender a respeitar o outro. É assim que se aceita a diversidade – entendendo que não somos melhores do que ninguém.
Resiliência é a capacidade de se reinventar quando vivenciamos situações tão adversas que nos tiram o chão. É super importante e tem a ver com aprender a ouvir um “não” sem desmoronar. É também o aprender a sobreviver às frustrações. Então, ajude sua criança a se treinar na resiliência deixando que ela sofra pequenas frustrações e ajudando-a a caminhar, saudavelmente, depois dessas.
Empatia é a capacidade que se tem de se “por no lugar do outro”, de “ver o mundo como o outro o vê e entender, sentindo, o que sente”. Para isso, para conseguir ser-se empático, é fundamental que se seja capaz de identificar, reconhecer, assumir, suas próprias emoções. Quando a pessoa é capaz de ser ela mesma então conseguirá ser empática de verdade mas, o treinamento começa no berço. Dê o exemplo, sempre. E escute. Saber escutar é fundamental.
A arte da escutatória, tema descrito por Rubem Alves, é a base de muito do que estamos falando neste artigo. Quem escuta a si mesmo é capaz de escutar ao outro, por tanto, ser empático, tolerante, corajoso, persistente, se comunicar, controlar seus impulsos reduzir a agressividade defensiva. E por aí vai:
Persistência, autoconhecimento, comunicação e controle dos impulsos são outras das características que devemos aprender para poder ensinar.
E todo esse processo de se ensinar à criança começa e acaba em nosso processo particular de, através do autoconhecimento, podermos sermos senhores de nós mesmos, ou seja, sermos o que somos na essência divina, qualidades que estão na nossa alma e que precisam ser desenvolvidas.
Pense nisso e busque dentro de você mesmo as melhores maneiras, mais verdadeiras, de se ser e, pelo exemplo bonito do sendo, ensinar suas crianças a serem seres humanos cada vez melhores.
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