Pessoas em situação de rua estudam e cultivam hortas em São Paulo


“Um futuro melhor, para que possamos ter o direito de sermos humanos e retornar à sociedade. Ter um vida normal, com trabalho, casa, só isso que nós queremos!”. Essas foram as palavras do ex-morador de rua, Silvanio Florença, que agora mora na Casa Porto Seguro, um centro de convivência para pessoas em situação de rua.

Cerca de 150 pessoas que podem participar de diferentes atividades como horta, elevação do nível de escolaridade e formação para o trabalho, além de um trabalho muito cuidadoso de reintegração deles às suas famílias e comunidades.

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foto: aeb-brasil

Onde fica

O centro fica em São Paulo, muito próximo da estação do metrô Armênia e da avenida Cruzeiro do Sul, região movimentada da cidade, só que não! Os arredores da rua Porto Seguro lembra muito uma São Paulo antiga, com muitas casas pequenas, mercearias, galpões e bares. Com muito poucos carros e zero prédios.

Clima que ajuda em uma das principais atividades da casa que é a produção de uma horta comunitária. Homens simples cuidando do cultivo dos alimentos que eles irão comer no futuro. A comida plantada ajuda ao centro a economizar 200 reais por mês no fechamento das contas.

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foto: hypeness

A horta, 100% orgânica e livre de agrotóxicos, também tem o destino de ajudar a população carente da região.

A mantenedora da Casa Porto Seguro é a Associação Evangélica Beneficente em uma parceria com a Secretaria de Assistência Social de São Paulo, além de receber o apoio de várias outras fundações e instituições de educação.

Deixando o passado para trás

Mais do que as atividades realizadas no centro, a Casa Porto Seguro instrui os moradores de rua a retomar o convívio social para que possam recomeçar suas vidas sem olhar para o passado.

São os casos de José Alves dos Santos, 58 anos, e Anderson Araújo, 36. José, ou “Seu Zé” como é conhecido, trabalhou por 28 anos na construção civil, mas gastou todo dinheiro que tinha e foi parar nas ruas, enquanto Anderson era feirante e, entre altos e baixos, frequenta a casa de convivência há 10 anos.

A casa também possibilita que os conviventes lavem suas roupas, atualmente somente três vezes por semana, devido ao racionamento de água, tomem café da manhã, almocem e façam sua higiene pessoal.

Outras atividades na Casa Porto Seguro incluem aulas de alfabetização, Ensinos Fundamental e Médio, atividades de capoeira, xilogravura (que tem parceria com o Programa Extramuros da Pinacoteca), arte em mosaico com o lixo que é jogado da rua, ioga, entre outras.

Compreensão e solidariedade nunca são demais pois, ninguém sabe como será o amanhã.

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Fonte foto capa: facebook




Redação greenMe

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