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A ajuda humanitária e a solidariedade frente à crise migratória que estamos passando, nos enche de orgulho e esperança de que dias melhores virão. Os governos talvez não estejam fazendo suas partes (com algumas exceções como a Alemanha, disposta a receber 800 imigrantes) mas, com a disposição da população que ajuda e pede a seus governantes a olharem com mais carinho para a situação (como no caso da Islândia), uma face nada cruel se revela do homem, aquele ser que ainda faz guerras, que ainda força as pessoas a se subordinarem a regras religiosas, desumanas e retrógradas que violam direitos humanos reconhecidos mundialmente e adquiridos com décadas de luta.
Estas são algumas das ações que mostram a face solidária em frente aos imigrantes, lembrando que a grande maioria dos imigrantes são provenientes de países destruídos por guerras e perseguições religiosas, ditaduras e situações de extrema violência.
A Alemanha, como citada, já ofereceu refúgio a vários imigrantes, além de ajuda financeira e humanitária. Um comboio de carros de cidadãos alemães e austríacos cruzaram a fronteira para dar carona aos imigrantes e levar milhares deles para Áustria e Alemanha.
A ativista austríaca Angelika Neuwirth falou ao BBC sobre a ajuda: “Acho que é meu dever. Sou mãe e não posso mais fechar os olhos (para o que está acontecendo). Somos todos seres humanos. Ninguém é ilegal.”
O Papa Francisco também discursou e pediu para que os países não deem as costas aos imigrantes e os ajudem, decidindo ele mesmo dar o exemplo para o mundo.
As palavras exatas do pontífice foram: “cada paróquia católica, cada comunidade religiosa, cada mosteiro e cada santuário na Europa deveria hospedar uma família de imigrantes. E isso deve começar por minha diocese em Roma”.
O Brasil, por meio da marinha nacional, ajudou um grupo de refugiados em alto mar Mediterrâneo. 220 imigrantes estavam em uma embarcação prestes a afundar. A situação foi notada pela marinha italiana que solicitou ao navio mais próximo, o da marinha brasileira, para efetuar o resgate. E não só, os marinheiros brasileiros ajudaram nos cuidados das pessoas depois de desembarcá-las.
Ontém, no discurso de 7 de setembro, a presidente afirmou que o país está de portas abertas para os imigrantes do mundo inteiro. E o Brasil está mesmo, pois já vem recebendo centenas de imigrantes do Haiti e até recebe mais sírios do que os países da Europa historicamente, fatos que receberam algum destaque das mídias nacional e internacional.
A imagem do pequeno Aylan Kurdi de apenas 3 anos de idade, morto em uma praia turca, ajudou a comover o mundo para a atual situação. Sua foto se tornou símbolo do grave problema e fez despertar um sentimento que não se via no mundo desde que o “Rebelde Desconhecido” ficou em pé de frente a uma fila de tanques de guerra durante protestos na Praça da Paz Celestial em Pequim em 1989.
Que a foto do pequeno Aylan continue a mudar a forma de pensar dos governos e também das pessoas que não aceitam estrangeiros “invadindo” seus países.
Como acontece no Brasil com a chegada de haitianos, ofendidos por xenófobos intolerantes, principalmente no estado de São Paulo.
O mundo é um só e pertence a todos os seus habitantes, independentemente de suas fronteiras.
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