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Sem casos desde o ano de 2006, a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro informou nesta terça-feira, 16, a primeira morte por raiva humana, de um adolescente de 13 anos que foi mordido por um morcego, no final de janeiro, na cidade de Angra dos Reis.
Segundo informou O Dia, o jovem não procurou socorro e, portanto, não tomou vacina antirrábica, procedimento indicado em casos de mordidas de animais e, em 22 de fevereiro, começou a aparecer os primeiros sintomas.
Ele foi internado no dia 7 de março e, cinco dias depois, o jovem foi transferido, já com suspeita de raiva, para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG/UFRJ), na capital fluminense, vindo a falecer no dia 30 de março.
A Secretaria de Saúde informou que na cidade do Rio de Janeiro, a raiva, na sua forma urbana, encontra-se sob controle.
A Secretaria de Saúde emitiu um alerta para os municípios do Estado do Rio, com os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde para evitar casos de raiva humana, e fez uma reunião de segurança com 92 secretarias de saúde.
A Secretaria também informou que o Ministério da Saúde deverá enviar vacina antirrábica animal para realização da campanha até novembro.
No site da Prefeitura do Rio de Janeiro, constam informações sobre a doença, e explicações sobre as formas de transmissão, sintomas e primeiros socorros.
A raiva é uma doença grave causada por um vírus que acomete o sistema nervoso central dos mamíferos. É uma zoonose fatal em quase 100% dos casos, transmissível por qualquer mamífero, desde que infectado pelo vírus. O vírus fica na saliva do animal e é transmitido através da mordida quando ele penetra no organismo da vítima.
Cães e gatos são os animais domésticos mais comuns de serem portadores da doença. Mas na área rural, bois, cavalos, porcos, ovelhas e cabras podem desenvolver a doença, sendo o principal transmissor o morcego hematófago, que se alimenta do sangue desses animais.
Já a transmissão silvestre, é comum entre raposas, guaxinins, primatas e, principalmente, morcegos (hematófagos ou não).
https://www.greenme.com.br/viver/saude-e-bem-estar/42052-coronavirus-descobrir-animal-originou-surto/
Os animais doentes costumam apresentar:
Nos cães e gatos, a raiva pode se manifestar sob a forma furiosa (o animal apresenta angústia, inquietude, excitação e agressividade) ou paralítica (forma mais leve sem manifestação de agressividade, apresentando sinais de paralisia que evoluem para a morte).
Morcegos (hematófagos ou não) infectados com o vírus da raiva apresentam alterações no comportamento, podendo ser encontrados durante o dia, em hora e locais não habituais.
Em humanos, a raiva se manifesta, com
Os sintomas evoluem muito rápido, em 2 a 4 dias a infecção progride e pode haver delírios, espasmos musculares involuntários e/ou convulsões, podendo evoluir para um quadro de paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e constipação intestinal.
Observam-se, ainda, sensibilidade a luz e a sons, medo de correntes de ar e de água, além da dificuldade para engolir.
O que fazer no caso de agressão (mordida / arranhão) por cães, gatos, morcegos e demais animais silvestres?
Lavar imediatamente o ferimento com água corrente e sabão e procurar imediatamente uma Unidade de Atenção Primária do município para as medidas preventivas e de socorro necessárias.
Não mate o animal, deixe-o em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo da raiva. O animal deverá receber água e alimentação normalmente, num local seguro, para que não fuja ou ataque outras pessoas ou animais;
Se o animal adoecer, desaparecer ou mudar de comportamento, acione o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da sua cidade.
Se o animal morrer, o CCZ deverá ser informado imediatamente para realização de exame e medidas de contenção.
O controle da raiva animal inclui a vacinação de cães e gatos, a partir de três meses de idade.
A Prefeitura do Rio informa que a vacina para esses animais está disponível durante todo o ano, de forma gratuita, nos postos fixos localizados no Centro de Controle de Zoonoses Paulo Dacorso Filho e no Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman.
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Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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