Foram 42,4 mil vidas perdidas, em 365 dias de 2012, por disparos de armas de fogo. Esse é um dado do Mapa da Violência 2015, levantamento que foi publicado no último dia 14 e que mostra o pior resultado de toda a série histórica pesquisada, que começou em 1980.
O levantamento em questão foi feito em base aos dados contidos no Subsistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, onde estão registrados os óbitos declarados no país. A conclusão é de que 94,5% destes, ou seja, mais de 40 mil ao ano, resultam de homicídios, sendo que, deste total, 94 % são do sexo masculino, 95,6% são de jovens negros. É de se ressaltar que 95,9 % do total de homicídios é causado pelo uso de arma de fogo.
Outras causas apontadas para óbito são: acidente (284), suicídio (989) e causa indeterminada (1.066).
Entre 1980 e 2012 morreram no Brasil 880 mil pessoas e apesar de o ano de 2012 ter tido o pior resultado, os mesmos dados apontam que as taxas de óbito, para cada 100 mil habitantes, permaneceram praticamente inalteradas (21,7 e 21,9 homicídios por cada 100 mil habitantes, respectivamente em 2002 e 2012).
Os dados colocam nosso país na 11ª posição dentre os 90 países analisados. Na frente do Brasil, com maiores índices de mortalidade por arma de fogo estão, Venezuela, Ilhas Virgens, El Salvador, Trinadad e Tobago, Guatemala, Colômbia, Iraque, Bahamas, Belize e Porto Rico.
O Mapa da Violência 2015 – Mortes Matadas por Armas de Fogo foi realizado em parceria da Secretaria-Geral da Presidência da República, da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil e da Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (FLACSO).
O relatório em questão pode ser lido na íntegra aqui.
Fonte foto: mapadaviolencia.org.br
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