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Vídeos horríveis mostram tudo o que aconteceu naquele fatídico dia em que o empresário Henrique Silva Chagas, de 27 anos, morreu na clínica da influenciadora Natalia Fabiana de Freitas Antonio, conhecida como Natalia Becker, que sequer tem formação como esteticista e que aprendeu a fazer peeling de fenol em um curso online.
O peeling de fenol, como todos ficaram sabendo depois desse caso, é um procedimento agressivo que necessita de anestesia e acompanhamento médico antes, durante e depois de sua aplicação. O fenol é um composto altamente tóxico, mas, como promete rejuvenescer até 20 anos, muita gente se arrisca. Alguns profissionais (médicos dermatologistas) oferecem o tratamento com os devidos cuidados, ainda que a preços exorbitantes, mas é bom lembrar que todo e qualquer procedimento cirúrgico, por mais simples que seja, envolve riscos. Portanto, fazer o peeling de fenol com profissionais habilitados não garante risco zero.
A maior lição a se extrair desse caso é o bom e velho ditado: “as aparências enganam”. A clínica de Natalia Becker, como se vê nos vídeos, é super chic. Ela se apresenta nas redes sociais (suas contas desapareceram) como uma pessoa totalmente diferente do que ela realmente é.
No Google, sua clínica tem algumas boas avaliações, mas muitas pessoas reclamam do mau atendimento e do despreparo da falsa esteticista.
Os vídeos mostram o tremendo despreparo dessa mulher na hora de socorrer Henrique. Uma reportagem do Domingo Espetacular indica ainda que ela mantinha uma farmácia de manipulação com o marido, na qual eles omitiam e mudavam informações importantes nos rótulos dos produtos por eles vendidos.
Ao assistir aos vídeos, fica claro que Natalia tinha um único objetivo: ganhar dinheiro. Tudo nela é, ou parece, falso. A aparência é falsa, os títulos (prêmios) exibidos nas redes sociais provavelmente também o são. As investigações dirão.
De um lado, alguém querendo ganhar dinheiro sem se preocupar com a ética de seu negócio (a banalização do mal); de outro, alguém jovem querendo ficar mais bonito do que já é.
Não me entendam mal: todos têm o direito de melhorar a própria aparência, mas é hora de nos perguntarmos o quanto vale se sacrificar por padrões de beleza capitalistas. Quanto à falta de escrúpulos do ser humano em ganhar dinheiro, nem precisamos mencionar, porque infelizmente isso é muito comum.
Enquanto o ser humano agir nesse sentido, não haverá esperança de um mundo melhor.
Por uma decisão editorial, não compartilhamos os vídeos, pois nos parece um desrespeito ao falecido. Por outro lado, se não fossem os vídeos e as reportagens, alguém ainda poderia acreditar nessa, e em tantas outras influenciadoras que nada mais são do que uma fraude. As redes sociais estão impregnadas de perfis falsos, de likes comprados, de comentários comprados, de filtros e de fotos geradas com Inteligência Artificial.
Acordem, parem de seguir influenciadores e desconhecidos, só porque são ricos e sarados (e falsos). Boicotem! O mundo virtual não é real! O mundo virtual não é real. Repitam consigo: o mundo virtual não é real, ou pelo menos não é totalmente real.
Fontes: G1 e Domingo Espetacular
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Categorias: Sociedade
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