Desintoxicação digital: que tal rever sua relação com as redes sociais?


Você sabia que pegar no celular logo ao acordar pode ser um sinal de NOMOFOBIA, o medo de ficar sem o aparelho? A dependência da internet e das redes sociais pode causar problemas graves, até mesmo fatais. É verdade que as redes sociais, quando mal utilizadas, podem prejudicar. Em casos extremos, levam à tragédia. Jovens expostos a desafios perigosos ou influenciados por informações imprudentes são vítimas desses perigos. A exposição às redes nos torna “usuários”, termo que também é dado a dependentes de substâncias químicas.

Lamentavelmente, testemunhamos eventos terríveis resultantes do uso irresponsável da internet e das redes sociais. Veja apenas alguns dos exemplos, só para relembrar:

Desintoxicação Digital

O termo Digital Detox, que consiste em dar um tempo da internet e das redes sociais – ou seja, passar pela abstinência e repensar seu uso – foi usado por Keith Ferrazzi, autor de dois livros sobre desintoxicação digital. Este ano temos mais um sério motivo para repensar nossa relação com a internet, sobretudo com as redes sociais. Veja o porquê.

O caso  Jéssica Vitória Canedo

O caso da moça Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos, que se matou após ter tido seu nome divulgado em uma fofoca da qual os haters não deixaram barato, mostrou o lado mais sombrio das redes sociais.

Por um lado uma página famosa, a Choquei, que já foi agenciada por uma empresa, a Mynd8, que gerencia contas de influencers milionários, disposta a fazer qualquer negócio para viralizar uma notícia ainda que falsa, ainda que desmentida, só para gerar likes e aumentar sua reputação. Por outro lado, pessoas ávidas por fofocas que não acrescentam nada em suas vidas. É a fome com a vontade de comer.

Os desdobramentos dessa história da Jéssica, que envolve um influenciar famoso, o Whindersson Nunes, ainda estão por vir. Fala-se em criação de leis que limitem ou censurem a internet e as redes de uma maneira institucionalizada. Falam de uma possível lavagem de dinheiro ou de um negócio milionário da criação de influencers para literalmente influenciarem a opinião pública. A verdade é que  só existem influenciadores porque existem pessoas influenciáveis.

Em alguns lugares, alguns jovens estão decidindo fechar suas contas nas redes sociais para nunca mais voltarem, mas é muito difícil não cair na armadilha sedutora da internet, inclusive a vítima Jéssica parece que não era usuária do Instagram e mesmo assim foi vítima das redes.

Seja como for, a dica é não entrar em redes sociais se você não souber usá-las. Não saber usar é não ter filtro, não ter senso crítico e capacidade de discernimento. Infelizmente muitos, ou a maioria de nós, não têm condições psicológicas para usar as redes sociais. O melhor mesmo seria sair ou pelo menos se desintoxicar.

Como fazer a Desintoxicação Digital?

A desintoxicação digital pode ser alcançada por meio de estratégias que promovam um uso mais consciente e saudável da internet e das redes sociais:

  • Limitar o tempo de tela diário,
  • estabelecer períodos de desconexão,
  • praticar atividades offline, como exercícios físicos, leitura ou hobbies,
  • cultivar momentos de interação social presencial,
  • desconfiar de tudo o que vê: a vida nas telas não é a vida real.

Estas são algumas medidas eficazes para reduzir a dependência e restabelecer um equilíbrio saudável com o mundo virtual.

Final de ano é uma boa hora para pensar sobre isso: o que as redes fazem por você? Siga apenas pessoas ou páginas úteis e responsáveis. Seguir fofoca, gente rica e vazia, modinhas estúpidas é pedir para ficar mal. A internet promove e cancela quem quiser, quem puder pagar por esse serviço oferecido por grandes empresas de marketing digital. Tudo pode parecer natural e orgânico, mas a verdade ninguém sabe. Existem estratégias de marketing que enganam até os mais desconfiados. Pense nisso!

Fontes:

  1. Diário Carioca
  2. Revista Oeste
  3. Revista Forum

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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