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A plataforma de apostas digitais Blaze, recentemente destacada em uma reportagem do programa Fantástico, está no centro de um escândalo envolvendo suspeitas de estelionato. A denúncia revela a conexão de influenciadores renomados, como Viih Tube, Jon Vlogs e Carlinhos Maia, com essa plataforma.
Neste conteúdo, vamos nos aprofundar sobre a denúncia, analisar seus impactos e repercussões, além de examinar os fatores subjacentes.
A reportagem do Fantástico sobre a Blaze expôs diversos influenciadores famosos associados à plataforma. Jon Vlogs, por exemplo, declarou não ter vínculos com a Blaze desde 2021, embora tenha lançado uma música em 2022 com o nome da plataforma. Outros influenciadores expostos, como Viih Tube, solicitaram o encerramento de seus contratos, enquanto Juju Ferrari esclareceu que sua relação anterior com a Blaze era exclusivamente publicitária, não continuando a promover a empresa.
A reportagem também revelou a existência de três proprietários ocultos da Blaze, apontando relatórios financeiros que indicam que parte do dinheiro arrecadado pela empresa é destinado a estes.
A polícia de São Paulo iniciou uma investigação após denúncias de apostadores que afirmam não ter recebido prêmios em valores mais altos pela Blaze. A Justiça solicitou o bloqueio da plataforma, mas a ausência de representantes legais no Brasil impediu a execução da ordem judicial. A empresa alega ter sede em Curaçao, uma ilha holandesa no Caribe, argumentando que suas atividades não configuram crime sob a legislação brasileira, o que é discutível.
O escândalo envolvendo a Blaze e seus influenciadores destaca uma trama controversa, revelando um lado obscuro das apostas digitais e a necessidade de maior regulamentação no setor.
A ausência de representantes legais da Blaze no Brasil levanta questões sobre a eficácia das medidas judiciais, enquanto alegações de não pagamento de prêmios ampliam a gravidade do caso.
O desfecho dessa história permanece incerto, mas a repercussão já suscita debates sobre a ética dos influenciadores ao promoverem empresas questionáveis e a urgência de medidas para alertar os usuários sobre o perigo dessas plataformas.
Uma das questões a serem debatidas é sobre como as plataformas de jogos online, impulsionadas pela divulgação intensiva realizada por influenciadores, podem contribuir significativamente para o desenvolvimento e agravamento da ludopatia, também conhecida como jogo patológico, devido aos seguintes fatores:
As plataformas de jogos online proporcionam acesso fácil e contínuo, muitas vezes disponíveis 24 horas por dia. Isso pode levar a um aumento do tempo dedicado ao jogo, à medida que os jogadores se veem imersos em uma experiência que está sempre ao alcance.
Jogos online frequentemente incorporam sistemas de recompensa instantânea e constante. A sensação de gratificação imediata pode se tornar viciante, levando os jogadores a buscar continuamente essa satisfação instantânea.
A publicidade realizada por influenciadores geralmente enfatiza os aspectos emocionantes e positivos dos jogos, muitas vezes sem abordar adequadamente os riscos associados. Isso pode criar uma percepção distorcida da realidade do jogo, atraindo mais jogadores, incluindo aqueles suscetíveis à ludopatia.
Influenciadores muitas vezes promovem a ideia de que jogar é uma parte essencial da vida moderna e uma necessidade. Além disso, alguns jogadores podem desenvolver uma falsa sensação de controle sobre os resultados do jogo, o que pode levar a comportamentos compulsivos.
A divulgação por influenciadores muitas vezes destaca a interação social nos jogos online como uma experiência enriquecedora. Tal contexto pode pressionar os jogadores a se envolverem mais ativamente, buscando validação social no ambiente virtual, e consequentemente, aumentando o risco de desenvolver a ludopatia.
Jogos online muitas vezes envolvem a possibilidade de microtransações, onde os jogadores gastam dinheiro real para melhorar sua experiência. Essa interação financeira pode criar uma relação mais profunda com o jogo, incentivando um comportamento compulsivo e, em alguns casos, levando a problemas financeiros.
O mediador e comunicador William, no vídeo abaixo faz uma análise de todos os fatores relacionados com o mercado de ilusões, como os jogos de azar e a publicidade que envolve os influenciadores que ficam ricos às custas da carência social, econômica ou de outra ordem dos seus seguidores.
@willosou É Fantásticooo!!! O esquema feito para tornar ricos mais ricos e pobres mais pobres nutridos pelos ditos Influencers do Brasil e os patrocínios milionários dos jogos de azar! #fantastico #fantasticonaglobo #joguinhos #investigação #influencers #relevanciairrelevante #globoplay ♬ som original – Sou o William
Apesar da Emissora Globo ter feito a denúncia sobre Jogos de Azar em seu programa Fantástico, não podemos esquecer que ela e outras emissoras também vivem da promoção de ilusões e do comportamento de manada, pois exibem propagandas de outros tipos de jogos, produtos ou comportamentos maquiados como bons, que na realidade não o são. Por isso, é importante que as pessoas tenham senso crítico, pois, infelizmente, estamos em um sistema mercadológico no qual vale tudo para chamar nossa atenção, nos manipular e obter nosso dinheiro.
Nos dias atuais, o cenário dos Jogos Online, como a plataforma Blaze, tem crescido exponencialmente, oferecendo entretenimento digital acessível a milhões de pessoas em todo o mundo. No entanto, é fundamental estar ciente dos desafios éticos associados a essa indústria, especialmente quando se trata da publicidade envolvendo influenciadores famosos.
A publicidade milionária que circunda esses jogos muitas vezes utiliza personalidades conhecidas para promover produtos, capitalizando não apenas em sua fama, mas também na influência que exercem sobre seus seguidores. É importante compreender que por trás da fachada de diversão e entretenimento, há uma realidade em que alguns desses influenciadores se enriquecem às custas da vulnerabilidade de seus seguidores.
A carência social, econômica ou de outra ordem pode levar pessoas a buscarem escapes no entretenimento online, tornando-as mais suscetíveis às mensagens persuasivas veiculadas por esses influenciadores. A linha tênue entre a promoção responsável e a exploração muitas vezes se desvanece, deixando os consumidores em um estado de desinformação.
O público precisa desenvolver um senso crítico em relação à publicidade em geral e à participação de celebridades nesse cenário. Os consumidores devem questionar as mensagens transmitidas, considerar as potenciais consequências de seu envolvimento com os produtos e, acima de tudo, entender que a satisfação pessoal não deve ser alcançada às custas da exploração de suas próprias vulnerabilidades.
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