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Para ser rico basta querer? Estudo revela que não é bem assim! De acordo com uma pesquisa elaborada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma família brasileira pode levar até nove gerações para transitar da faixa dos 10% mais pobres para a de renda média no país. O Brasil compartilha a segunda pior posição, ao lado da África do Sul, em uma lista de 30 países analisados.
O estudo intitulado “O elevador social está quebrado? Como promover a mobilidade social” destaca a necessidade de melhorar os gastos públicos, especialmente nas áreas de educação e saúde.
A percepção dos brasileiros, conforme indicada por uma pesquisa da Oxfam mencionada no estudo da OCDE, reforça o panorama sombrio. Seis em cada dez cidadãos acreditam que o esforço por si só não é suficiente para que uma pessoa nascida na pobreza alcance um padrão de vida confortável.
Cabe destacar que a pesquisa da OCDE revela que 35% dos filhos de pais posicionados no um quinto mais pobre do Brasil terminam a vida nesse mesmo estrato social, enquanto 7% deles chegarão a figurar entre os 20% mais ricos. Por outro lado, 43% dos filhos com pais mais ricos seguirão com o mesmo nível de renda, enquanto apenas 7% deles têm probabilidade de piorar de vida.
Para acelerar a mobilidade social no Brasil, a OCDE sugere melhorias no gasto público, com ênfase em investimentos nas áreas de educação, particularmente no ensino básico, e saúde, direcionando recursos para tratamentos essenciais e para aqueles que mais necessitam.
O estudo da OCDE evidencia a necessidade da formação de desempregados por meio do Pronatec e a redistribuição de renda por meio de reformas que promovam o aumento do gasto social em programas para auxiliar os cidadãos mais vulneráveis.
Apesar dos números desanimadores, a pesquisa aponta que os brasileiros que conseguiram ascender socialmente têm menos risco de queda em comparação com habitantes de países emergentes, como China, África do Sul e Indonésia.
O conceito de mobilidade social influencia não apenas a produtividade econômica de um país, mas também a qualidade de vida de seus cidadãos. Além disso, tem implicações políticas profundas, já que o risco de queda na escala de mobilidade e a perda de status social podem minar a coesão social, a confiança no sistema sociopolítico e potencialmente alimentar extremismo político ou populismo, alerta a OCDE.
Veja no vídeo abaixo mais análises e informações relacionadas com o estudo da OCDE, expressas por Gabriele Augusto:
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Como visto, os desafios profundos evidenciados pelo estudo da OCDE sobre mobilidade social no Brasil apontam para a necessidade urgente de reformas estruturais.
A persistência da desigualdade e a lentidão na ascensão social revelam a importância crucial de investimentos substanciais em setores como educação e saúde. Ações que promovam uma redistribuição eficiente de recursos, combinadas com a capacitação da força de trabalho e políticas sociais inclusivas, são essenciais para reparar o “Elevador Social Quebrado“.
Por meio de medidas concretas e um compromisso coletivo é possível almejar uma sociedade mais justa e igualitária, onde a mobilidade social não seja uma exceção, mas uma realidade alcançável para as futuras gerações.
Pelo resultados apontados no estudo deu para perceber que a mera vontade de prosperar não é suficiente, é essencial criar um ambiente propício. Investimentos em políticas de redistribuição de renda são peças-chave para reparar a estagnação social dos pobres.
A conclusão que se pode extrair do estudo é que é preciso capacitar as gerações presentes e futuras, fornecendo-lhes as ferramentas necessárias para transformar aspirações em realidade.
Fontes:
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Categorias: Sociedade
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