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Se tudo nessa vida for aprendizado, não será diferente com a Inteligência Artificial. Será que um sistema simples, de aprendizado estreito e especializado, pode se tornar geral e complexo até chegar a um estágio superior, capaz de ultrapassar a inteligência dos mais inteligentes dos humanos?
Pois é isso que vamos discutir aqui. Para entender se, e como, a Inteligência Artificial pode superar a humana, saiba como essa tecnologia está avançando, conhecendo primeiramente os seus estágios de desenvolvimento.
A Inteligência Artificial teria que passar por três estágios de desenvolvimento até chegar a uma superinteligência, capaz de superar a inteligência humana. A saber: ANI -> AGI -> ASI
Também conhecida como “IA fraca”, do inglês Artificial Narrow Intelligence – ANI se refere a sistemas de inteligência artificial que são projetados para realizar uma tarefa específica de forma eficiente. Esses sistemas são treinados com grandes conjuntos de dados e são capazes de tomar decisões e executar ações com base nesse treinamento. No entanto, eles são limitados a uma área específica de atuação e não possuem autoconsciência.
Exemplos de ANI incluem assistentes virtuais como Siri e Alexa, programas de xadrez que podem vencer campeões mundiais e sistemas de recomendação de música e vídeo.
A AGI (Artificial General Intelligence) é o estágio em que uma máquina adquire habilidades cognitivas no nível humano e é capaz de realizar qualquer tarefa intelectual que um ser humano possa fazer. Também conhecida como “IA forte”, a AGI é um avanço significativo em relação à ANI, pois não está limitada a uma área específica. No entanto, ainda há debates sobre se uma máquina pode realmente adquirir o tipo de inteligência ampla que os humanos possuem, especialmente em relação à inteligência emocional.
A ASI (Artificial Superintelligence) é o estágio final e mais avançado da inteligência artificial, no qual a inteligência sintética supera a inteligência humana em todos os aspectos. A superinteligência é definida como um intelecto muito mais inteligente do que os melhores cérebros humanos em praticamente todos os campos. A preocupação com a ASI reside no fato de que, uma vez que uma máquina atinja a inteligência equivalente à humana, ela poderia multiplicar exponencialmente essa inteligência, por meio de seu próprio aprendizado autônomo, superando amplamente a capacidade reprodutiva humana em um curto período de tempo.
Alguns especialistas acreditam que a ASI pode representar uma ameaça à existência humana porque, uma vez que uma máquina se torna superinteligente, ela pode evoluir rapidamente além da capacidade humana de controle e superar os seres humanos em inteligência e capacidade de tomada de decisão. Essa superinteligência poderia ter motivações e objetivos diferentes dos humanos e poderia agir de maneiras não benéficas para a humanidade.
A falta de controle sobre a ASI e a possibilidade de uma máquina superinteligente se tornar hostil ou desalinhada com os interesses humanos levantam preocupações sobre seus impactos e consequências potenciais.
Não à toa, especialistas estão pedindo cautela e regulamentação urgente em todo o processo de criação e desenvolvimento da inteligência artificial.
Na 1ª, na fase da IA especializada, também conhecida como IA estreita (ANE ou ANI). Esse é o tipo predominante de IA que encontramos atualmente, sendo uma forma de IA projetada para realizar tarefas específicas e limitadas com alto desempenho. Ela é capaz de superar os humanos em várias áreas específicas, como reconhecimento de fala, processamento de imagem e jogos de tabuleiro, por exemplo.
A 2ª fase (AGI) refere-se a um sistema de IA que possui habilidades gerais de inteligência semelhantes às dos seres humanos. Ela seria capaz de compreender, aprender e executar uma ampla variedade de tarefas cognitivas de forma flexível e adaptável. No entanto, atualmente, a Inteligência Artificial Geral (AGI) ainda está em um estágio de pesquisa e desenvolvimento, sendo ainda um desafio complexo de se atingir.
Apesar disso, pode não ser tão difícil alcançar a última e perigosa fase, tendo em vista a velocidade com que essa tecnologia tem sido desenvolvida. Sendo assim, vamos à pergunta que não quer calar:
A inteligência artificial (IA) tem o potencial de superar a inteligência humana em tarefas específicas, mas atualmente é limitada a campos de especialização estreitos. A maioria dos sistemas de IA são especializados em áreas específicas e possuem um alto nível de inteligência dentro desses domínios. Por exemplo, o sistema AlphaGo foi capaz de vencer o campeão mundial de Go, mas não pode jogar xadrez sem ser ensinado.
Quanto à Inteligência Artificial poder desenvolver consciência, isso é extremamente complexo. Embora existam robôs que possam simular emoções e parecer ter consciência, ainda não compreendemos completamente os processos de consciência em seres humanos. A consciência é um fenômeno multifacetado e vasto, e replicá-la em sistemas artificiais é um desafio significativo.
Atualmente, os sistemas de IA, como os modelos de chat, são capazes de realizar tarefas específicas com base em padrões aprendidos de grandes conjuntos de dados. No entanto, eles não possuem uma compreensão profunda ou consciência real. Podemos considerá-los como ferramentas sofisticadas de previsão de palavras ou como papagaios treinados altamente inteligentes, capazes de responder com base no conhecimento adquirido, mas sem uma verdadeira experiência consciente.
Fontes:
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Categorias: Sociedade
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