Solidão faz mal ao coração, mas não “apenas” no sentido metafórico da tristeza, da dor… A solidão faz literalmente mal ao coração, de acordo com um estudo.
Em uma sociedade que preza pelo egoísmo e individualidade, a incidência da solidão só está aumentando. Tudo já andava por esse caminho quando veio a pandemia para fortalecer a falta de socialização com o trabalho em casa (smart working ou home working), os aplicativos de paquera onde as pessoas ficam em chats infinitas, a didática à distancia, o lockdown e uma série de restrições e medos que fez com que as pessoas ficassem cada vez mais sozinhas.
A solidão ameaça seriamente nosso bem-estar e saúde porque somos, por natureza, animais sociais.
A solidão é para todos os efeitos uma questão de saúde pública tanto que a própria Organização Mundial de Saúde já se tinha manifestado sobre as medidas de isolamento social para contenção da pandemia, considerando-as uma das principais causas do aumento dos níveis de solidão, depressão, abuso de álcool e drogas, automutilação e ou comportamento suicida nos últimos anos.
Os mais frágeis e os que mais sofrem com a solidão são os idosos. Um estudo recentemente publicado na Psychosomatic Medicine envolveu pacientes idosos hospitalizados com insuficiência cardíaca. O estudo demonstrou que, uma vez liberados, os pacientes que viviam longe da família e que não tinham amigos ou outras pessoas, tiveram duas vezes mais chances de voltar a ter problemas cardíacos e morrer de ataque do coração nos dois anos seguintes após o primeiro episódio, comparados aos que voltaram ao convívio social que tinham antes da doença.
O problema da solidão é que muitas vezes quem se sente sozinho acaba abusando de álcool e de substâncias nocivas, entrando em uma espiral de mal-estar que favorece o aparecimento dos problemas de saúde.
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Categorias: Sociedade
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