Nascido no estado de Roraima, o brilhante artista indígena Jaider Esbell, de 41 anos, morreu nesta terça-feira, 2/11. Ele foi encontrado morto dentro do seu apartamento em São Paulo, e as causas da morte são desconhecidas.
No ano passado, Jaider Esbell integrou o Circuito Urbano de Arte (Cura) de Belo Horizonte (MG), um dos maiores festivais de arte pública do Brasil, com 18 obras infláveis de 1,5 metro de diâmetro e 40 de comprimento, que compunham uma coleção de arte mural.
As “Entidades”, obras de Jaider em BH, passaram pelo Hipercentro da capital mineira e pelo Bairro Lagoinha, na Região Noroeste da cidade, em setembro de 2020. Elas faziam alusão à Floresta Amazônica, por meio de figuras como a “Cobra Grande” e a “avó universal”, que passou pelos arcos do Viaduto Santa Tereza.
Priscila Amoni, curadora e idealizadora do Cura, lamenta a morte do artista:
“O Jaider era um dos maiores artistas da atualidade. Para além do rótulo de ser indígena, ele era genial. Um artista contemporâneo incrível. Tivemos o lançamento, no Cura, de uma série de obras dele, as ‘Entidades’. Resolvemos fazer os infláveis e deu super certo. Foi até para a Bienal de São Paulo. Antes disso, ele já era incrível. Ele lançou a primeira galeria de arte indígena do Brasil! A arte dele, muito além de feita, era vivida“.
Artista visual roraimense da etnia Macuxi da Terra Raposa Serra do Sol, um dos pilares da Bienal de Arte de São Paulo, Jaider Esbell fazia da sua arte instrumento político como diálogo.
Jaider, artista, escritor, curador e ativista, nasceu em Normandia, na parte Norte do estado de Roraima, em 1979.
Suas obras tiveram papel central no movimento de consolidação da arte indígena contemporânea no Brasil .
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Categorias: Arte e Cultura
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