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Os últimos 3 meses do ano é a época que mais se produz e se comercializa livros na Islândia. Isso se deve à tradição nesse país de dar livro como presente de Natal. Por isso, a Islândia é o melhor lugar do mundo para escritores e apaixonados por livros.
Essa tradição recebe a denominação de Jólabókaflóðið termo derivado de: jól = “Natal” + bok = “livro” e flod = “inundação”.
Essa tradição surgiu durante a Segunda Guerra Mundial, em 1944, quando a Islândia conquistou a independência da Dinamarca.
Jornais e livros na época eram um dos poucos bens não racionados e mais acessíveis. Foi assim que os islandeses desenvolveram um forte amor pela leitura.
Na época, outros tipos de produtos e de presentes eram escassos e a forma mais fácil de presentar alguém era dando livro.
De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Bifröst em 2013, metade da população da Islândia lê pelo menos oito livros por ano, isso contribuiu para esse país ser o terceiro mais instruído do mundo, depois da Finlândia e da Noruega.
Todos os anos, desde 1944, a Associação dos Editores da Islândia publica um catálogo, chamado Bókatíðindi (Boletim do livro), que é enviado à todas as famílias do país em meados de novembro durante a Feira do Livro de Reykjavik e através do qual pode-se encomendar livros.
The Icelandic Christmas Book Flood. #iceland #christmas #jólabókaflóðið pic.twitter.com/F6fKjOad3y
— Ragnar Jonasson (@ragnarjo) 10 de dezembro de 2017
A entrega dos livros dados como presentes de Natal ocorre no dia 24 de dezembro e, como tradição, as pessoas abrem seus presentes e imediatamente leem seus livros, bebendo frequentemente chocolate quente ou cerveja natalina sem álcool, a jólabland.
A pequena ilha do norte, com sua população de apenas 329 mil habitantes, é extraordinariamente literária e tem muito a nos ensinar.
Essa nação adora ler e escrever e, de acordo com um artigo da BBC, o país tem mais escritores, mais livros publicados e mais livros lidos, do que em qualquer outro lugar do mundo. Um em cada dez islandeses publicará um livro mais cedo ou mais tarde.
Pelo visto, essa tradição ajudou a espalhar a semente mágica da leitura e do conhecimento, algo que vale a pena ser copiado por outras nações, principalmente, as que estão carentes de um hábito tão salutar e fundamental para o desenvolvimento humano.
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Categorias: Arte e Cultura
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