Conchas que servem como moedas de câmbio e são usadas para comprar qualquer tipo de mercadoria. Acontece em Malaita, a maior ilha da província homônima pertencente ao arquipélago das Ilhas Salomão.
Em algumas partes do mundo as moedas não são de ouro nem de prata, veja, por exemplo, em Papua Nova Guiné, onde flores e folhas são usadas para trocas econômicas ou, então, nas ilhas do Pacífico, onde a moeda atual consistiu-se em conchas coletadas na praia e entrelaçadas em grandes colares.
Embora esta forma de pagamento tenha sido oficialmente abolida em 1933, em algumas regiões, as conchas de marisco ainda são usadas como dinheiro.
Claramente, estamos falando de um tipo específico de concha a qual a população acredita que um dia as deixará ricas. Em Malaita, a ilha mais populosa das Ilhas Salomão, as conchas são aceitas na maioria dos lugares para a troca de bens.
“Um colar de conchas escuras vale duas latas de atum, enquanto os vermelhos valem muito mais … Com um colar você compra um atum tão grande para alimentar toda uma família”, diz Maria Bruno, dona de uma loja na pequena cidade de Auki, em Malaita.
Então tudo depende da cor e da forma, assim como acontece com o nosso real. Mas há apenas um lugar na ilha onde se pode encontrar essas conchas, ou seja, na área da lagoa de Langa Langa, onde há ilhas artificiais construídas pelos habitantes locais para escapar dos canibais. Ali estão as conchas vermelhas, brancas e pretas que, enquanto em todas as outras ilhas do Pacífico foram substituídas por moedas, ali elas continuam a ser usadas.
Fonte fotos: Vice
Pode parecer muito estranho, mas os habitantes respondem: “O que é um monte de dólares? Apenas um pedaço de papel impresso ao qual atribuímos um valor. O mesmo acontece com as nossas conchas”.
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Categorias: Arte e Cultura
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