Índice
A barreira ao Yaripo é o nome desta foto, de Marcos Amend. A foto, de per si, vale a escrita que ora faço – beleza de ambientes que se completam e subjugam, que nos remetem ao Parque Nacional do Pico da Neblina, na longínqua Rondônia brasileira.
Yaripo é o nome indígena, yanomami, desse que é o monte mais altos do nosso país continental – o Pico da Neblina, também chamado de “Cabeça do Cachorro”, com seus 2.994 metros e um ambiente preservado no meio da floresta amazônica.
A foto de que falo foi feita, conta o fotógrafo, “durante um pôr do sol nas aldeias Yanomami de Maturacá e Ariabú, tendo ao fundo a muralha de montanhas da Serra do Imeri”.
É bom que saibamos que a preservação de Yaripo se deve à sua inacessibilidade – ainda bem – e à inclusão nas terras demarcadas yanomamis que são, por sorte também, concomitantes, sobrepostas, com as do parque nacional de que falei mais acima. Por isso é difícil de se chegar lá: é preciso autorização tanto de branco (ICMBio, gestor do parque) e indígenas (Povo Yanomami, gestor da área tradicional demarcada).
Até 2005 se podia, com as devidas autorizações, excursionar pela região mas, em função dos difíceis conflitos entre indígenas, garimpeiros, visitantes e órgãos governamentais esse passeio está fechado para todos.
No entanto, há esperanças: um projeto conjunto que envolve o ICMBio, a FUNAI, o ISA – Instituto SocioAmbiental e as representações indígenas na Associação Yanomami do Rio Cauaburis e Afluentes (AYRCA) e da Kumirayoma (Associação das Mulheres Yanomami) batalham na fase conclusiva do processo de reabertura do Yaripo que, espera-se, em breve poderá ser visitado por todos sob a condução de guias yanomami, os cuidadores da região.
Para os que se interessam pelos dados técnicos da foto acima, seu autor informa que usou:
Na breve biografia de sua página Facebook, Marcos Almend, conta que “há mais de 25 anos se dedica à conservação e ao registro fotográfico de ambientes naturais em todo o mundo”.
Tendo viajado pelos lugares mais remotos do planeta, Marcos foca na sua técnica e no seu olhar, a natureza nua e pura. Suas fotos foram vistas em vários meios, expositivos e digitais. Marcos faz parte da Associação de Fotógrafos de Natureza, a AFNATURA.
BORBOLETAS AZUIS, ESPOROS E COGUMELOS – A VIDA EM POESIA
PROJETO FOTOGRÁFICO TRATA A INSEGURANÇA DAS PESSOAS, EXPONDO-AS
A TERRA VISTA DO CÉU: AS FOTOGRAFIAS DE YANN ARTHUS-BERTRAND
Categorias: Arte e Cultura, Viver
ASSINE NOSSA NEWSLETTER