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Gerações e mais gerações tiveram contato com a história e os símbolos do Natal, mas sem se darem conta de sua origem. É o que iremos saber neste conteúdo.
Os símbolos do Natal, na realidade, são derivados das tradições xamânicas, dos Povos Tribais da Europa Setentrional, Lapões da Finlândia e as tribos de Koyak das Estepes Russas Centrais.
O simbolismo do Papai Noel se originou no extremo Norte, desde a Lepónia até a Sibéria.
O período que os xamãs, até hoje, realizam rituais de passagem para um novo ciclo anual é o do solstício de inverno (hemisfério norte) e que passou a ser associado à várias culturas.
No Xamanismo, estes rituais incluíam o consumo de um cogumelo sagrado (um cogumelo branco e vermelho) de cujo nome científico é Amanita muscaria.
Este cogumelo, geralmente, ilustra livros de contos de fadas e é associado com magia.
Na antiguidade, o cogumelo sagrado era usado pelos xamãs para abrir os canais do corpo à experiências transcendentais.
Um dos efeitos do consumo do cogumelo Amanita, provocado nos xamãs, é que a pele e os traços faciais deles, ficavam alterados, com um brilho avermelhado.
A aparência do Papai Noel está associada à esse fato, por isso, é retratado com nariz e bochechas vermelhas brilhantes.
Outro efeito do consumo do cogumelo mágico era a risada eufórica dos xamãs e, isso, tem relação como alegre “ho, ho, ho!” do Papai Noel.
A maioria dos ícones do Natal estão associados à esta prática xamã.
O cogumelo Amanita muscaria, também conhecido como agário-das-moscas, se desenvolve sob certos tipos de árvores, principalmente abetos e sempre-verdes.
Este cogumelo estabelece uma relação de simbiose (troca vital através da raízes) com estas árvores e é, até, considerado fruto, delas.
Os “chapéus” desse cogumelo são a fruta do mycelium.
O cogumelo mágico brota da terra sem qualquer semente visível, por isso, simboliza nascimento, sendo seu surgimento atribuído ao orvalho da manhã.
John Rush, antropólogo e professor no Sierra College em Rocklin, na Califórnia (EUA), diz que “Papai Noel é a contraparte moderna de um xamã, que consumia o cogumelo sagrado, com o objetivo de entrar em transe e vivenciar a comunhão com o mundo espiritual.
De acordo com esta teoria, a lenda do Papai Noel deriva dos xamãs, das regiões siberianas e árticas.
Os xamãs, na época de seu ritual de passagem de ciclo anual, saíam para colher os cogumelos mágicos, usando casacos brancos e vermelhos e botas pretas longas, em homenagem ao cogumelo Amanita muscaria.
Dessa indumentária xamânica se originou a vestimenta do Papai Noel que conhecemos, hoje. A aparência do Papai Noel atual ressuscita a dos xamãs antigos em seus rituais envolvendo o cogumelo sagrado.
Para poder consumir o cogumelo de amanita, os xamãs necessitavam desidratá-lo, ao Sol, e, para isso, o colocavam para secar nos galhos de uma árvore, dessa prática derivou a árvore de Natal.
A desidratação do cogumelo era necessária para reduzir a sua toxicidade e aumentar a sua potência.
Outra prática xamânica era pendurar os cogumelos, ao redor da lareira para o fogo secar.
Desse costume surgiu os enfeites com meias, em volta da lareira.
Os xamãs viviam em moradias chamadas “yurts” (tenda ou cabana circular).
Cada moradia tinha uma chaminé central, frequentemente usada como uma entrada, pois no inverno, ocorria o acúmulo de neve na entrada da porta.
Os xamãs, depois de encherem seus sacos com os cogumelos colhidos e desidratados, retornavam para casa e, devido ao fato de não poderem entrar pela porta, coberta de neve, entravam e desciam pela chaminé.
Dessa forma, compartilhavam os cogumelos recolhidos, os distribuindo como presentes, em virtude do solstício de inverno.
Desse fato, se originou o símbolo do Papai Noel trazendo presentes e entrando pela chaminé, além do costume de se dar presentes, na época do Natal.
Para os xamãs , você tem um espírito animal, que pode te guiar em sua busca do desenvolvimento espiritual.
As renas são animais que vivem, principalmente, na Sibéria Oriental, onde se desenvolvia a prática do xamanismo.
Nos rituais envolvendo o consumo do cogumelo sagrado, ao entrar em transe, os xamãs costumavam ter a visão de renas voadoras que os direcionavam a mundos extra-sensíveis.
As renas voadoras foram incorporadas ao simbolismo do Natal, porém, em um sentido diferente e, até, deturpado de sua origem.
São Nicolau ou Nicholas, provavelmente, viveu durante o quarto século e tinha uma comunidade de seguidores por ser muito generoso.
Alguns historiadores dizem que São Nicolau não foi uma pessoa real, mas, sim um ser mítico, associado a uma lenda pagã, de um deus poderoso do mar, chamado Seguro Nickar.
Este aparecia no solstício do Inverno, concedendo bençãos e graças aos que recorriam à ele.
Muitos templos foram erguidos para cultuar esse deus. Posteriormente, esses templos foram convertidos em igrejas, em honra à São Nicolau.
São Nicholas tornou-se um tipo de “super-xamã”, devido à essa fusão do simbolismo xamânico com o cristão.
Muitas imagens de São Nicholas, o retratam usando um traje vermelho e branco, ou de frente a um fundo vermelho com manchas brancas, simbologia relacionada com as cores do cogumelo amanita.
No xamanismo, a Estrela do Norte era considerado sagrada, devido ao fato de todas as estrelas no céu girarem em torno dela.
Esta Estrela, também, conhecida como”Estrela Polar”, era associada á Árvore do Mundo e ao eixo central do universo. Neste simbolismo, o topo da Árvore do Mundo tocava a Estrela do Norte.
Nas experiências místicas xamânicas, o espírito do xamã subia esta árvore, metaforicamente, passando para o reino celestial.
A Estrela, no topo da Árvore de Natal moderna, está associada a este simbolismo xamã.
O simbolismo do Papai Noel Xamânico morar em uma casa no Polo Norte, tem relação com a Estrela Polar.
A Igreja para converter as festividades pagãs em festividades cristãs, adaptou as crenças e os rituais antigos do xamanismo, os incorporando às suas práticas religiosas.
Os símbolos sagrados de celebração do solstício de Inverno, dos xamãs, passaram a ser associados ao nascimento de Jesus, da religião cristã.
À partir daí, surge a celebração do Natal cristão, que, desde o século IV, passou a ser celebrado dessa forma, no Ocidente, e à partir do século V, no Oriente.
A verdadeira história do nascimento de Jesus tem origem da Escola de mistérios da Fraternidade Essênia, mas foi incorporada pela Igreja católica, sofrendo alterações.
À respeito das alterações, de muitos conhecimentos antigos, feitos pela Igreja Católica, temos o exemplo de um dos tradutores do Vaticano:
John Allegro foi um dos convidados pelo Vaticano, para fazer a tradução dos Manuscritos, descobertos em 1947 sobre o Mar Morto.
Ele descobriu evidências que contrariavam as interpretações da Igreja Católica, sobre essa passagem da Bíblia.
Este tradutor, também escreveu sobre xamanismo e o uso de plantas alucinógenas para alcançar estados de transe.
Em seu livro O Cogumelo Sagrado e a Cruz, ele criou muita polêmica, pelas revelações que fez: dizia que os cogumelos eram um símbolo do corpo de Deus, o verdadeiro Santo Graal (Cálice Sagrado)
Independente das lendas, da origem, do sentido, da época e da comemoração, o Natal, para ser verdadeiro, precisa ser, constantemente, vivenciado dentro de cada um de nós.
Os simbolismos de nossa História, estão entrelaçados à muitos tipos de conhecimentos e ensinamentos, relacionados às Ciências Ocultas de outrora:
Os rituais antigos dos praticantes desse conhecimentos, deixaram raízes profundas em nossa história e no inconsciente coletivo.
Dessa forma, uma tradução e interpretação foi dando lugar à outra, ocorrendo um afastamento do significado ancestral,primitivo e original.
Os símbolos utilizados, por esse praticantes, para transmitir os ensinamentos relacionados com estes conhecimentos, passaram a ser adulterados para outros fins: crenças, comemorações, festejos, dogmas, etc.
O Natal que comemoramos, atualmente, é resultado de vários entrelaçamentos culturais e místicos, que foram ocorrendo, ao longo de nossa História.
Independente do sentido e de se comemorar ou não, o fundamental é que, a todo momento, o nascimento esteja presente, em nós.
Nascendo à cada dia, para a Vida!
Despertando para existência, em cada momento, como um SER, que acaba de nascer e abrir os olhos.
Descobrindo o novo, mesmo no que é velho.
O mistério, no que é conhecido.
A vontade de realizar, apesar dos fracassos.
Presenteando a Vida, com a descoberta de nosso DOM e nossa capacidade de doação!
É o melhor presente, que podemos dar para expressar nosso AMOR pelos SERES, alcançando, assim, nossa Realização Íntima!
Um BOM VERDADEIRO NATAL A TODOS! De toda equipe do GREENME!
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Categorias: Arte e Cultura, Viver
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