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Tá na boca do povo o The Social Dilemma (O Dilema das Redes), documentário recentemente lançado pela Netflix, que já é sucesso mundial.
Todo mundo se identificou e se preocupou com o seu conteúdo. Mas será que é pra tanto?
Aqui não vai ter spoiler até porque o assunto do filme já é um spoiler. Não é novidade pra ninguém que as redes sociais estão causando dependência, depressão e ansiedade, que as fake news se espalham mais rápido que piolhos na cabeça de crianças, e por aí vai.
Mas é preciso se preocupar? É preciso fechar tudo? Sair do Insta, do Face, “morrer” ou suicidar-se nas redes, antes de morrermos na vida real?
O filme é repleto de depoimentos de profissionais de todos os tipos, desde psicólogos, pesquisadores e professores ligados ao grande “dilema” das redes sociais, até os engenheiros de programação de várias áreas de várias mídias diferentes (Instagram, Facebook, Twitter, etc)
O que se vê ali não é um ataque direto contra as redes sociais em si. O que se coloca é uma tomada de consciência sobre um dilema que está nos levando a uma rua sem saída.
Quem leu Yuval Noah Harari (Sapiens, Homo Deus, 21 lições…) dormiu vendo o mais do mesmo que o filme mostra.
Harari vem atentando para o fato de o Homo sapiens ter sido “biologicamente programado” pra uma situação que está sendo mudada em pouquíssimo espaço de tempo, por causa das novas tecnologias.
E as consequências dessa mudança brusca no comportamento humano tende a dar muito errado, e causar muito problema.
Como assim?
O homem nasceu para olhar, tocar, falar, ouvir e se comunicar de pessoa para pessoa. Agora, e ainda mais com a pandemia, somos obrigados a nos distanciarmos cada vez mais uns dos outros. Estamos cada vez mais perto e cada vez mais distantes. Estamos perdendo nossa humanidade? Não podemos abraçar nem podemos mais nos ver sem a intromissão de uma tela no meio.
Agora pensa no dilema das crianças e dos jovens com as escolas virtuais. Acabou a interação entre a molecada! Realmente, para quem é do tempo em que vida real ainda existia, a coisa de fato parece insana.
Mas e aí? Voltar atrás realmente não dá. O que dá pra fazer é olhar pra frente, pegar o lado bom da história e decidir um final feliz para todos.
As redes sociais incitam distâncias, divergências, individualismo ao extremo? Sejamos críticos e lutemos pela nossa condição humana de viver a vida como ela é.
Na verdade, as próprias redes são um meio de comunicar essa tomada de consciência. Basta saber sair delas a um certo ponto porém, para que o debate não fique somente naquele espaço virtual.
O filme dá dicas, de vários profissionais, para que a humanidade sobreviva a essa avalanche tecnológica, na qual estamos atordoadamente circulando.
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Categorias: Arte e Cultura, Viver
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