Em uma imagem a famosa artista alimenta patos no jardim, na outra, fecha os lábios para beijar um pequeno veado. Suas pinturas contam histórias de tormento pessoal com visões surreais. Entre autorretratos e mitologias visuais, a obra de Frida Kahlo retrata objetos com uma identidade em contínua mudança, e, muitas vezes referem-se aos animais, com os quais, a artista compartilhou sua vida.
Frida Kahlo, conhecida e adorada por sua beleza exótica e por seu estilo peculiar, não era exatamente o que se via em suas obras de arte. A beleza multifacetada da artista rebelde e seu amor por outros seres vivos, emergem da exposição “Mirror Mirror … Frida Kahlo Photographs”, que descreve uma Frida que você nunca viu antes.
Mais de trinta fotografias raras da artista mexicana, uma das mais lendárias do século XX, em conjunto com uma série completa de eventos no Jardim Botânico de Nova York, estarão em exposição a partir de maio, juntamente com uma mostra de pinturas e obras sobre papel.
Entre os muitos fotógrafos que clicaram Kahlo encontram-se Edward Weston, Dora Maar, Carl Van Vechten, Lucienne Bloch, Lola Alvarez Bravo e Diego Rivera. Cinco imagens tiradas por Gisele Freund, da Alemanha, entre 1950 e 1952, merecem um olhar mais atento. As fotos estão entre as últimas da artista, feitas antes de sua morte, aos 47 anos.
“O pai de Frida Kahlo foi um fotógrafo e a menina viu a sua aparência em suas fotografias antes de descobrir os espelhos, que se tornaram os companheiros inseparáveis que lhe forneceram um senso de si”, explica o especialista em Frida, Salomon Grimberg. “Kahlo foi fotografada mais do que qualquer estrela de cinema no México, e suas fotos alimentam a curiosidade sobre ela. Hoje, essas mesmas fotografias, que atraíram o público com a sua magia, continuam a seduzir outros novos públicos.” Kahlo e sua beleza exótica são parte da consciência universal.
Fonte fotos: Nickolas Muray, Gisele Freund
Categorias: Arte e Cultura, Viver
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