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Mentha pulegium, popularmente conhecido no Brasil como poejo, poejinho ou menta-selvagem é uma espécie originária da Europa, região norte da África, Oriente Médio e Ásia, que possui muitas propriedades farmacológicas e portanto vários usos medicinais. Saiba como reconhecer essa planta e como usá-la em chás e inalações.
Possui grande adaptação em locais com clima temperado a subtemperado. Classificado na família botânica Lamiaceae juntamente com o alecrim, manjericão, falso-boldo e sálvia, seu gênero, Mentha sp., é de difícil identificação, sendo um problema até para especialistas na área, isto devido a grande similaridade dos órgãos e partes vegetais, além de ocorrer hibridização natural em muitos casos, isto é, plantas de espécies diferentes, do mesmo gênero, cruzam-se gerando indivíduos com características intermediária entre uma e outra, como é o caso da hortelã-pimenta (Mentha piperita).
Praticamente a maioria das plantas enquadradas na família Lamiaceae são medicinais e condimentares, além de produzirem uma vasta quantidade de óleos essências, o que confere o aroma característico de casa espécie, no caso das espécies do gênero Mentha sp. o aroma mentolado!
A espécie Mentha pulegium é comumente usada:
E mais:
Estudos demonstram sua potente atividade antioxidante, porém também alerta para seu potencial tóxico se consumida em altas concentrações, pois há na composição do óleo essencial uma substância denominada pulegona.
Em experimentos ficou comprovado seu potencial abortivo, portanto a infusão de poejo é contraindicada em caso de gravidez!
A União Europeia já estipulou uma concentração ideal da substância supracitada para que não haja intercorrências de toxicidade na população, a saber:
O óleo essencial de Mentha pulegium é extremamente eficaz repelindo insetos, devido os seus constituintes químicos!
Para a elaboração de chás e ingestão, é complemente seguro, visto que as concentrações são sempre mínimas (1 colher de chá rasa para 200 mL de água) desta forma não haverá qualquer mal fisiológico de intoxicação.
Ingerindo a infusão uma das grandes vantagens é sua capacidade antirreumática, conforme Noelli exemplifica no seu artigo farmacologia dos índios Guarani.
Também pode ser preparada uma infusão bem concentrada, neste caso não haverá ingestão, apenas inalação.
Com auxilio de uma toalha ou pano bem grosso, cubra a cabeça e sobre uma superfície (mesa) coloque o recipiente com água fervida com as folhas (cerca de 100g em 100 mL). A tolha formará uma espécie de “estufa” o vapor de água será mantido ali e as moléculas do óleo essencial desprender-se-ão sendo obtidas na inalação. Esta prática é excelente para remover coriza, acalma os sintomas da sinusite, da rinite e atua como expectorante.
Empregado para decorar pratos na culinária, no preparo de peixes e de pães, a espécie também constitui o afamado licor de poejo lusitano, muito utilizado como digestivo e/ou para constipação. É parte do patrimônio gastronômico Português!
Viva o poejo!
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