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Caruru é o nome comum dado a uma diversidade de plantas alimentícias que abundam nos nossos campos.
Nativa das Américas, é considerada uma erva daninha por ser invasiva e extremamente espontânea, mas é na verdade uma PANC (Planta Alimentícia Não Convencional).
É uma ótima indicadora de qualidade do solo, pois seu crescimento indica terra fértil rica em potássio.
Aqui vamos falar especificamente do caruru da família Amaranthaceae, o Amaranthus flavus, e o Amaranthus viridis, alimentar e medicinal.
Caruru também pode ser chamado de
Caruru é como se usa falar na Bahia, pátria de um dos pratos típicos que usa esse nome – o famoso Caruru baiano em cuja receita vai quiabo, leite de coco, camarão seco, dendê (não podia deixar de ser), amendoim, gengibre e castanha de caju tendo incorporado, na receita tradicional, as culturas ameríndias e africanas.
Para não confundir com outras alimentícias e medicinais, cada qual no seu quadrado, saiba que há outras plantas cujo nome regional também é caruru mas que pertencem à outras famílias botânicas. portanto, possuem outras características e qualidades:
“É o caso do Caruru-de-Sapo, Oxalis martiniana Zuccini, família das Oxalidaceae; o Caruru-do-Reino, Boussingualtia baselloides H.B.K. família das Baselaceae; Caruru-Bravo, que é da família das Fitolacaceae; Caruru-das-Cachoeiras, Mourera fluviatilis Aublet, família das Podostemaceae; Caruru-Língua-de-Vaca, Talinum patens Jacquin, família das Portulacaceae; e muitas outras.”
foto: Amaranthus viridis
Todas as partes da planta são comestíveis e ricas em vitaminas A, B1, B2, B3, C, ferro, cálcio e potássio.
Na medicina popular, o caruru é indicado para fortalecimento de ossos e dentes, problemas hepáticos, infecções diversas (garganta, trato urinário) e hidropsia.
Reconhecidamente, o caruru alivia e fortalece o fígado, seja tomando-o como chá ou comendo a verdura na alimentação diária.
A planta também é rica em ácido fólico, fósforo, magnésio, zinco, sendo ótima fonte de proteínas e aminoácidos essenciais, atém de carboidratos e fibras.
Popularmente é usada para problemas digestivos, para combater diarreia, parasitas, hemorragias internas, menstruação excessiva, úlceras na pele, febre, irritação na garganta e tosse.
Acredita-se também que combata a depressão, melhore a memória e a concentração, por ter efeitos benéficos sobre as células cerebrais.
Das folhas e talos do caruru dá para fazer muitas receitas para rechear tortas, incrementar molhos. A planta deve ser consumida sempre refogada ou cozida, nunca crua. O sabor e o aspecto são parecidos com o espinafre
Os talos e folhas também podem entrar em receitas de panquecas, tortas, bolos, omeletes e pastéis. Já as suas sementes, conhecidas como amaranto, são muito nutritivas e podem ser acrescentadas às massas de pão, bolos e para incrementar saladas. Veja no último vídeo abaixo como preparar as sementes para consumo.
O caruru entra na alimentação regional camponesa como uma das plantas alimentícias não convencionais, ou seja, que não se compram nos mercados. Com suas riquezas alimentar e medicinal, completa a dieta daqueles que as conhecem bem.
Esta é uma tradição muito antiga, dos tempos em que as pessoas tinham uma maior integração com a natureza e, não há razão nenhuma para que não volte a fazer parte da culinária de todos nós.
Veja esta receita do Canal do Chico Abelha, uma receita de omelete de cauru, com ovos caipiras, é claro!
O chá de caruru também é muito famoso e fácil de se fazer: basta você colocar
Mas, atente para não fazer o chá de caruru-bravo que é tóxico. Veja no vídeo abaixo:
Conheça mais sobre esse gênero de planta, assistindo aso vídeos que separamos para você.
Eles dão outras dicas de cultivo e uso.
O segundo vídeo mostra como preparar as sementes para consumo.
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