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O cajueiro, Anacardium occidentale, é uma árvore nativa do Nordeste brasileiro. É medicinal e alimentícia e dela se usa tudo – fruto, castanha, casca, madeira.
Há dois tipos de cajueiro, o comum, ou gigante, que pode atingir altura bastante elevada, até 20 m mas que, em geral, com o peso dos galhos, se deita na areia e se estende por uma superfície enorme – no nordeste estão os dois maiores cajueiros conhecidos e medidos, um no Piauí e o outro no Rio Grande do Norte, ambos com mais de 8 mil metros quadrados de área. Nos dois casos trata-se de uma só árvore que, com mais de 180 anos, foi jogando seus galhos, se espalhando, re-enraizando aqui e ali e que continua produzindo seus frutos deliciosos. O outro tipo de cajueiro, muito mais prático para o cultivo, é o cajueiro anão, que atinge 4 metros de altura.
Fonte Foto 99graus.com.br
O fruto do cajueiro na verdade é o que nós chamamos de castanha de caju – aquele outro, carnudo, cheiroso, gostoso que só, amarelo ou vermelho, é uma extensão do mesocarpo da flor. Uma delícia que comemos como fruto mas que não o é.
As flores do cajueiro são melíferas, ou seja, atraem abelhas e estas produzem um mel de qualidade com seu néctar e, também são medicinais, usadas principalmente para problemas de pele.
Da casca do cajueiro se extrai produtos para a produção de cosméticos e medicamentos dermatológicos pois esta tem propriedades tônicas e adstringentes.
Do tronco se extrai uma resina, de coloração amarelada, conhecida como goma de cajueiro que é usada pela indústria da celulose, em substituição a outras colas.
A castanha do caju é muito conhecida por suas propriedades nutricionais e medicinais e do fruto, a parte carnuda, cheia de sucos e fibras vegetais, se fazem sucos, compotas, licores e doces diversos.
A casca do cajueiro também é usada, popularmente, para se fazer um chá para tratar diabetes, proteger o coração e reduzir os triglicérides. Também é um excelente antisséptico, bactericida e bastante efetivo para tratar cáries dentárias. Como é adstringente, também trata o mau hálito e inflamação de gengivas. Outra propriedade do chá de casca de cajueiro tem a ver com seu efeito depurativo pois, é laxante e diurético.
Outro uso do chá de casca de cajueiro é na cicatrização de feridas externas (é preciso banhar o local com o chá, que atua limpando, renovando a pele e cicatrizando). Também é eficaz para limpeza de pele pois retira as células mortas, tonifica e fecha os poros.
Tradicionalmente se usa chá de casca de cajueiro para tratar as lesões provocadas pela hanseníase.
Bem, você põe para ferver 1 litro de água com duas colheres de sopa de casca picada. Deixe ferver por 10 minutos. Abafe por outros 10 minutos. Recomenda-se tomar até 4 xícaras de chá ao dia.
Para banhar a pele, use o chá morno. Esta receita é daqui.
Mas, em algumas regiões, também se usa a entrecasca, a goma, e o LCC (um líquido da castanha do caju) em diversas receitas de cura. Nas regiões de mata usa-se o chá de casca de caju para curar hemorróidas e diversos problemas digestivo e, do chá do broto, se combatem problemas estomacais. O cozido da entrecasca do cajueiro é usado para tratar, topicamente, aftas, úlceras e feridas malignas.
É sabido que o uso do chá de casca do cajueiro ativa o metabolismo dos açúcares e a etnia Ticuna, da Amazônia, usa o suco do caju como preventivo de gripes (leia mais aqui pois, neste site, do Dr. Silvio Panizza, há muitas indicações específicas para seu uso correto).
O suco do caju, adoçado ou puro, é conhecido como cajuaba e é riquíssimo em vitamina C. Quando este mesmo suco é cozido e clarificado resulta na cajuína, delicioso refrigerante típico da região onde abunda o caju. Do suco do caju também se fabrica licor, vinho e vinagre de ótima qualidade.
Porém, o cajueiro é causa de alergias e dermatites para as pessoas mais sensíveis e isso porque, toda a planta e seus frutos contêm ácido anacárdico e exumam um óleo bastante cáustico conhecido como LCC (líquido da castanha de caju). A composição do LCC é principalmente de ácido anacárdico, cardol (11,31%) e seus derivados. Então, na dúvida, não coma caju in natura.
Quanto às castanhas do caju, você sabe, só podem ser comidas após passarem no fogo ou no forno, justamente por causa do abundante LCC de sua casca.
Para saber mais, veja os vídeos abaixo:
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Fonte Foto 99graus.com.br
Categorias: Usos e benefícios
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