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A jabuticaba, frutinha preta, redonda e deliciosa, é o fruto da jabuticabeira, árvore nativa brasileira, abundante na Mata Atlântica, a Myrtus cauliflora. Quem já subiu em pé de jabuticaba e se encheu desta fruta, que nasce diretamente no tronco, não esquece.
A família botânica da jabuticabeira, a Myrtaceae, também o é da pitanga, da goiaba, e de uma variedade de outras frutas nativas brasileiras, cada qual com seu uso curativo reconhecido na medicina popular e estudos científicos.
Jabuticabeira é árvore muito bonita, que pode atingir até os 20 metros de altura quando em condições adequadas de crescimento. Tem tronco lustroso, parecido com o da goiabeira, folhas verde-escuro, brilhantes e, quando floresce, fica branca com a nuvem de flores pequenas enchendo-se de abelhas e outros polinizadores à cata do seu néctar. Mas, jabuticabeira só dá fruto bem tarde – no mínimo depois de 12 anos de plantio, quando não depois dos 20 anos de crescimento da árvore. Se você quiser ter uma jabuticabeira que produza rapidamente, compre uma muda bem formada, já com frutos e plante no seu jardim, ou em um vaso grande, na varanda.
A jabuticaba é bastante nutritiva, recheada de vitaminas e profundamente adstringente, pelos taninos da sua casca. Encher a barriga de jabuticaba com casca é convite para prisão de ventre – só que é uma delícia, a jabuticaba fresquinha, claro!
É uma fruta rica em sais minerais, cálcio, fósforo, ferro, vitamina B3, potássio, magnésio, niacina, antocianinas e antocianidinas, substâncias que protegem as células.
Seu uso inclui comer a fruta crua, com casca, ou descascada, dependendo do tratamento que se deva fazer (com mais ou menos adstringência), fazer chá das folhas, torrar as sementes e beber, como café (ferver o pó e coar) e também, macerados, chás e garrafadas com a casca da árvore e pedaços da raiz.
Os chás são usados para beber ou banhar o corpo, de acordo com a necessidade. Os usos da jabuticaba são conhecidos das tribos indígenas habitantes da região de Mata Atlântica e, também, das comunidades tradicionais, caboclas e caiçaras.
A jabuticaba é usada para problemas de saúde tais como: asma, bronquite e catarro de peito, deficiência vitamínica, diarreia, processos inflamatórios de origem diversa, diversas dermatites e inflamação da pele, aceleração do metabolismo e queima de gordura corporal e, no bom funcionamento do sistema nervoso central.
Alguns sites afirmam que jabuticaba é ruim para quem tem diabetes mas, isso não é verdadeiro. O açúcar das frutas, frutose, não ocasiona nenhum distúrbio nos índices glicêmicos desde que não se exagere na ingestão destas. E isso vale para qualquer tipo de fruta.
Algumas pesquisas comprovaram “a eficácia do consumo da fruta para a prevenção da diabetes. Foi realizado um estudo com ratos obesos, que foram alimentados com farinha da casca de jabuticaba, que resultou em um efeito de prevenção da doença tipo 2. A farinha foi oferecida aos animais durante 30 dias e provou ser eficaz na redução de 10% de glicemia e na redução do colesterol sanguíneo”. A dose boa de jabuticaba com casca, ao dia, não deve ultrapassar as 10 frutinhas – essa quantidade é suficiente para te ajudar na prevenção de doenças, ser um aliado da vida saudável e não provocar aquela prisão de ventre de que falei no começo do artigo (leia mais aqui).
Mário Roberto Maróstica Junior, pesquisador da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, estudou o uso da casca da jabuticaba para redução de obesidade, controle de lipídios e de glicêmia e percebeu uma redução de até 50% das células cancerígenas de linfomas, leucemia, câncer prostático (veja aqui). Mas, ainda essas pesquisas não foram testadas em humanos (apesar de alguns casos de apoptose terem sido testados, in vitro, em células cancerígenas humanas). No entanto, a notícia é muito boa.
Caso seja do seu interesse aprofundar a informação acima, pesquisei para você: entre no site Escavador, faça Ctrl f, escreva a palavra “jabuticaba” na caixa de busca, e passeie pelos inúmeros trabalhos de pesquisa sobre essa fruta que são atualmente, orientados pelo pesquisador Maróstica.
“A propriedade antioxidante da jabuticaba combate os radicais livres responsáveis pela primeira etapa da multiplicação das células, a chamada primeira fase. Já na segunda, as substâncias da fruta inibem a ação de enzimas que acabam por gerar as células anômalas” afirma Maróstica.
Coisa rica, coisa nossa! Desfrute sempre que puder desta fruta típica brasileira!
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