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Carnaval é muito samba, zoeira, beija-beija, loucuras até não poder mais… Tudo isso mas… só que não. Conheça a origem do carnaval e seu verdadeiro significado.
O carnaval é, sem dúvida, a festa mais popular do Brasil. Em todos os cantos, há uma folia acontecendo. É até difícil conseguir viajar para algum lugar onde não haja uma folia acontecendo, embora sempre seja possível refugiar-se em algum lugar tranquilo, como você pode conferir nestas dicas que o greenMe preparou para este feriado:
Mas de onde vem esta tradição toda? Vamos saber o que, afinal, é o Carnaval?
Vamos começar a entender o Carnaval, a partir da sua etimologia. Existem várias hipóteses sobre a origem do nome.
A expressão latina carne(m) levare, seria uma alusão aos dias que antecedem a Quaresma, período durante o qual, o consumo de carne é proibido nas religiões cristãs.
Segundo essa concepção, o significado do Carnaval não seria tanto a fruição da festa, mas sim a privação, ou seja, o jejum da carne exigida pela Quaresma.
Por outro lado, argumenta-se também que as palavras carne + vale do latim significaria algo como mais vale a carne, porque o Carnaval é o período no qual os desejos tomam conta da carne, sendo que os exageros são uma marca da festa. Por isso, as pessoas bebem e comem tanto, visto que a Quaresma é tempo de preservação do corpo e do espírito.
Mas há ainda um outro significado para a palavra Carnaval. Segundo o linguista Mario Alinei, a origem do nome remonta ao carrus navalis, ou seja, a carruagem da deusa Ísis, transportada em procissão como padroeira dos navegadores num barco com rodas, em meio a danças e cantos da população.
O culto isíaco era realizado nas cidades marítimas e fluviais em 5 de março, quando a navegação era reaberta depois do inverno. Os rituais começavam ao amanhecer e a carruagem guardada era transportada para o mar, ou rio, para celebrar a deusa e inaugurar a nova temporada de navegação.
Seguramente o carnaval de Veneza relembra essa história.
O Carnaval é uma festa popular que incorpora elementos como máscaras e fantasias, representando uma espécie de inversão dos valores e regras cotidianas, ao mesmo tempo em que mescla individualidade e coesão social.
Também é comum no carnaval ocorrerem batalhas simuladas, sátira social e zombaria de autoridades e personalidade públicas.
A esse respeito, vale a pena a leitura do livro “A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais”, de Mikhail Bakhtin, obra na qual o pensador russo expõe o seu conceito de carnaval como uma forma de entretenimento muito complexa e polimórfica que, apesar de ter bases comuns entre povos, se expressa em diferentes nuances de acordo com lugares, mentalidades e épocas.
No Brasil, o carnaval chegou a partir das festas que ocorriam na Europa, sobretudo na Itália e na França, no século XVII. As fantasias de pierrô (pierrot) e de colombina, comuns em terras europeias, foram logo incorporadas ao carnaval brasileiro.
Como manifestação popular, as festas de carnaval tradicionalmente aconteciam nas ruas, com desfiles de fantasias. Mais tarde, passaram a ser celebradas de forma privada, em clubes, onde eram tocadas marchinhas e sambas.
São muitas as cidades brasileiras que são símbolos do carnaval: Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Olinda – cada qual com a sua particular festa de carnaval.
No Rio, são tradicionais os desfiles de escola de samba e os blocos de rua.
Em Salvador, só não vai atrás do trio elétrico quem já morreu.
Em Recife, o famoso Galo da Madrugada comanda o frevo do maior bloco de rua do mundo!
E, em Olinda, desfilam pelas ladeiras os tradicionais bonecos gigantes.
Por ser feriado, muitas outras cidades brasileiras preparam as suas festas de carnaval e recebem turistas de todas as partes do país.
Tudo bem que o carnaval é uma festa divertida e feita para o povo se entregar aos prazeres da carne. Mas todos podem festejar com responsabilidade.
Não vale sujar as ruas e os mares, por exemplo. Você pode beber a sua cervejinha sem jogar a latinha na rua, certo?
Além disso, embora seja ótimo ficar alegre com o álcool, não precisa beber tanto a ponto de pagar mico e estragar a festa. Veja aqui → Coquetel sem álcool: 10 receitas para beber o quanto quiser.
Lembre-se de tomar água também para hidratar.
Beijar na boca poder ser muito bom, mas saiba que há risco de mononucleose, a doença do beijo e, se rolar algo a mais, já sabe! Use camisinha!
No mais, bora cair na folia!
Fontes:
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