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A felicidade não é por nada um assunto fútil, nem simples, de se discutir. Quando caracteriza a nossa vida, não só melhora a nossa saúde e o nosso estado psicológico, como ainda pode mudar para melhor o nosso patrimônio genético.
Um estudo de 2013 conduzido por Fredrickson examinou a expressão gênica das células que nos defendem de doenças infecciosas e descobriu-se que, em pessoas que experimentam altos níveis de felicidade, há uma forte expressão de anticorpos e genes antivirais.
Viva a felicidade, então!
Mas existe uma receita perfeita para ser verdadeira e profundamente feliz? Honestamente? Não!
Mas começar a se fazer algumas perguntas pode nos ajuda a encontrar a direção pessoal certa em busca da nossa felicidade.
Então, para quem quiser, papel em branco, caneta e vamos começar:
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Cada um tem sua própria idéia pessoal, seu próprio conceito de “felicidade” que, claro, pode mudar com o tempo e prover muitas variações e nuances.
É importante fazer um balanço, entender as imagens e as memórias que nos guiam em relação à felicidade, respondendo a essas subquestões:
* Eu ficaria feliz se…
* Eu fiquei feliz porque, quando, como…
* Minha felicidade depende de…
* Minha infelicidade depende de…
O ideal seria colocar no relógio um despertador para que este soasse a cada duas ou três horas; quando ele toca, pare o que quer que esteja fazendo e preste atenção na sua própria sensação de bem-estar: o quanto você se sinto feliz agora? E a que você atribui este teu estado / sentimento?
A questão requer escutar-se a si mesmo e nos permite de haver um contato de forma mais consciente, tanto com nossas fantasias, projeções, desejos, que com nossos recursos, capacidades analíticas. E, em seguida, ajuda a colocar nossos desejos em uma ação direcionada.
Ao responder estas perguntas um dia (e talvez repetindo o exercício várias vezes por semana) teremos, no papel, uma espécie de fotografia que fale da gente e que quando revista depois de um tempo, pode nos surpreender, nos dar novas ideias para refletir, considerar e representar, em todo caso, um nosso mapa: um ponto de partida para uma nova dimensão de felicidade, ainda a ser integrada.
O que podemos dizer sobre a felicidade? Segundo o psicólogo e pesquisador da Harvard, Daniel Gilbert, existem três tipos de felicidade:
* a emocional – que corresponde a um sentimento, um estado subjetivo positivo transitório, determinado por algo presente no mundo real. (Dentro de um olhar mais atento, no entanto, podemos distinguir outras duas expressões de felicidade: uma que está intimamente relacionada a um evento, um prazer, um desejo material realizado – como a felicidade por uma vitória ou a compra de um bem – e uma outra que toca em cordas mais íntimas, profundas, menos vistosas – como a sutil felicidade que se sente olhando para o mar ou estando imerso em uma paisagem natural, uma floresta, uma montanha…);
* a moral – determinada pela maneira como olhamos e permanecemos no mundo; quem leva uma vida honesta e respeitável e está ciente do significado ético de suas ações, sente-se profundamente satisfeito e feliz (pelo menos para si mesmo);
* ligada ao julgamento – quando se hipotiza que uma ou mais situações podem trazer, por si só, felicidade.
De acordo com a Psicologia Positiva podemos ler a questão sob duas perspectivas diferentes: a hedônica (a felicidade dada por um estado de contentamento, devido à satisfação dos desejos) e a eudaemonica: a felicidade como um processo de construção constante de crescimento que promove o desenvolvimento individual e a expressão autêntica da natureza humana, na qual a felicidade individual é realizada no espaço social. Por dentro e por fora, interno e externo.
De quem e do quê nossa felicidade realmente depende? No estudo “Happiness is a personal(ity) thing” (que poderia ser traduzido como: a felicidade é uma coisa pessoal / que depende da personalidade) conduzido por A. Weiss e TC Bates, dois pesquisadores da Universidade de Edimburgo, emerge que, para 50% de nós, a felicidade é condicionado por nossa herança genética (uma espécie de atitude que recebemos como um presente de herança familiar: um belo talento espontâneo a ser usado ou um elemento a ser transformado como o chumbo em ouro), para uns 10% (máximo) é dada por fatores de endógenos, como disponibilidade econômica, status social e outros “benefícios”. Finalmente: para 40% depende mais diretamente de nós.
Resumindo: de um jeito ou de outro, a felicidade está em nossas mãos de qualquer maneira. Em sua Religio Medici, Thomas Browne, médico e cientista, mas também homo religiosus, capaz de reconhecer e venerar o mistério lá onde esteve – em 1642 – afirma: “Eu sou o homem mais feliz; Eu tenho algo em mim que pode converter a pobreza em riqueza, a adversidade na prosperidade e eu sou mais invulnerável que Aquiles”.
Uma das maneiras mais simples (e por isso, mais difícil para nós) é permanecer na beleza do presente, ser grato pelo que se tem em vez de “desejar” (o que é diferente de se mover de forma construtiva e orientada para seus objetivos), o que não existe ou talvez poderíamos ter, em vez de nos perdermos por trás da ideia de uma possibilidade que não foi capturada. Pode parecer estranho, mas a aparente ou real liberdade de escolha entre diferentes opções – disse Daniel Gilbert em seu discurso no TED – é um inimigo da felicidade porque sempre nos coloca na ideia de que poderia haver cenários melhores para nós (assim podemos nos colocar em uma situação de “falta”, de insatisfação), enquanto “nosso” sistema imunológico psicológico “nos permite sentir realmente feliz, mesmo quando as coisas não saem como havíamos planejado”.
Traduzindo: se, conscientemente, tentarmos deixar para trás nossas projeções e não dar peso ao que pensamos serem deficiências, podemos descobrir de sermos felizes, de estarmos bem. Podemos ver a riqueza do presente que não percebemos.
Então, é claro, também podemos escolher comportamentos que vão melhorar nosso bem-estar, aumentar nosso nível de felicidade.
Para aqueles que também querem a confirmação da ciência (seria suficiente, na realidade, olhar para própria a vida), mas lá vai uma lista não exaustiva de situações, ações, escolhas que farão você se sentir melhor, e que certamente são capazes de aumentar a qualidade e a quantidade de felicidade:
A felicidade autêntica é uma jornada, nunca um destino.
Finalmente, também deve ser dito: a busca pela felicidade não deve se tornar uma obsessão.
Não só porque não nascemos “para sermos felizes” (pelo menos do ponto de vista espiritual, o principal objetivo de nossa vida é aumentar, através da experiência, da nossa autêntica capacidade de amar, de nos engajar em ações construtivas, contribuindo para determinar um mundo – interior e exterior – melhor para nós e para todos.
Mas também porque demasiado desejada e idealizada – como recordou Daniel Gilbert – a felicidade tomaria a forma de uma miragem distante, nunca alcançada ou não alcançável facilmente, e nessa tensão em direção ao nada, nem seríamos capazes de ver e aproveitar as muitas oportunidades de felicidade e gratidão que a vida, todos os dias, coloca em nosso caminho.
Por fim, deixamos alguns artigos que talvez te ajudem a encontrar as respostas para as tuas perguntas sobre a busca da felicidade:
DAR SENTIDO À VIDA É MAIS IMPORTANTE QUE BUSCAR FELICIDADE
AUTOSSABOTAGEM: 10 PENSAMENTOS QUE MINAM A TUA FELICIDADE
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Categorias: Segredos para ser feliz, Viver
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