Todos sabem: a raiva é um sentimento poderoso e venenoso e, mesmo assim, muitas vezes nos enchemos de raiva até o pescoço, mergulhando em uma espiral de negatividade. Como sair deste sentimento que faz tanto mal à nossa alma?
Às vezes a raiva se torna rainha absoluta dos nossos dias. No escritório, em casa, no trânsito…A sensação é de que o mundo está cheio de ódio e de maldade.
Quando ficamos com raiva, nos intoxicamos desnecessariamente. No “Manuale di un monaco buddhista per abbandonare la rabbia“, Ryūnosuke Koike, monge budista da escola Jodo Shinshu, ensina regras simples que podem nos ajudar a controlar a ira.
E como se faz isso? Tentando controlar os pensamentos negativos, de modo a não fazer mal nem a nós mesmos nem aos que nos rodeiam.
O monge acompanha o leitor em um percurso de crescimento espiritual e psicológico para cultivar a compaixão que nos conduz à serenidade.
A energia positiva pode ser derivada do cumprimento de certas regras. A primeira é abster-se do desejo de querer tudo porque, ao momento em que não se consegue o que se quer, a raiva encontra campo fértil para crescer.
“Se deixarmos a força atraente do desejo agir, nos enrijecemos e a vontade de mudar se estagna. Devemos ser razoáveis e tentar verificar regularmente a própria mente, de modo a não se deixar contaminar por esta força”, diz Koike.
Devemos também nos abster da própria raiva que nada mais é do que um instinto ilusório, que pode, e deve, ser erradicado da mente. Outra coisa que devemos fazer é não mentir. Muitas vezes mentimos para conseguir alguma coisa.
“Quando se afirma coisas falsas, a informação em nossa mente se dispõe de forma desordenada e caímos em um estado de confusão. Além disso, uma vez dita a mentira, temos de construir outras mentiras mais para evitar que a primeira seja descoberta. Assim, dia após dia, o que for contrário à verdade permanecerá gravado em nosso subconsciente. E assim a mente se confundirá cada vez mais.
Existem três regras básicas ligadas umas às outras:
Cada uma dessas ações, de acordo com o monge, é sempre ditada pelo desejo de obter algo para si mesmo.
“Se quisermos exercer influência sobre o outro, em vez de criticar, é sábio entender do que constitui o desejo do interlocutor e propor opções apropriadas para isso.”
Segundo o monge, quando caluniamos alguém, ao invés de reduzirmos o estresse por “desabafar” a calúnia, acabamos por aumentar a tensão dada a energia negativa do ato (caluniar).
A fofoca também é um sentimento ruim que faz aumentar a raiva, apesar de ser divertida para quem o faz e até natural do ser humano. Mas, “atire a primeira pedra quem nunca errou na vida”.
Tais ações apenas nos distanciam da compaixão e da empatia – sentimentos que devemos cultivar para entender o outro e a nós mesmos, para espalhar a paz da compreensão e da paciência no lugar da raiva pelo desgosto e pela desilusão neste mundo tenso e competitivo em que vivemos.
Com certeza não é fácil, mas é um exercício que deve ser tentado.
Por um mundo menos raivoso para todos. Para que todos possam viver melhor.
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