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O adenocarcinoma de reto, também conhecido como câncer colorretal, é um tumor maligno que se instala no intestino grosso, em diferentes regiões do cólon. Essa doença atinge homens e mulheres, com maior incidência em pessoas acima dos 50 anos e os sintomas mais frequentes incluem dificuldade de evacuar, sangue nas fezes e dores abdominais. O tratamento principal é a cirurgia, mas pode variar conforme o estágio da doença. Mudar alguns hábitos de saúde pode ajudar a prevenir essa doença, vamos saber como?
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A palavra adenocarcinoma é utilizada na medicina para denominar um tumor maligno no tecido epitelial glandular, que nada mais é do que o tecido que reveste as cavidades e os dutos, executando funções secretoras e de absorção. Ou seja, “adeno” significa “glândula” e “carcinoma” indica câncer epitelial.
Esse tipo de câncer é muito comum e pode ocorrer em várias partes do corpo como cólon, reto, útero, mamas, esôfago, estômago, pâncreas, pulmão, próstata, rim, vagina e vesícula.
O adenocarcinoma de reto é conhecido como câncer colorretal, pois ele ocorre no intestino grosso, mais especificamente no cólon e no reto. Ele é o terceiro tipo de câncer mais frequente tanto em homens quanto em mulheres e mais de 90% dos casos desse tipo de câncer, ocorre em pessoas com mais de 50 anos.
O câncer colorretal inicia-se com um pólipo benigno que, se não removido, transforma-se em maligno com o passar do tempo. Esses pólipos são formados no intestino grosso, podendo aparecer em qualquer região do cólon e do reto, ou ainda evoluindo para áreas superiores até atingir outros órgãos como o fígado, a bexiga e o rim, por exemplo.
Na medicina, o câncer colorretal é dividido em 4 estágios (ou estádios), justamente pela região em que se localizam e pela intensidade em que estão. São eles:
I. Tumor confinado à mucosa ou à camada muscular do cólon e do reto;
II. Tumor confinado à serosa que reveste o cólon ou reto, ou que atingiu órgãos vizinhos;
III. Comprometimento dos linfonodos próximos ao cólon ou reto;
IV. Comprometimento de órgãos distantes.
Os principais fatores de risco estão relacionados às causas genéticas e ao histórico familiar. Além disso, especialistas afirmam que fatores como dieta, tabagismo e a ingestão de bebidas alcoólicas, favorecem o desenvolvimento dessa doença, bem como a incidência de outros problemas de saúde como o aparecimento de pólipos, retocolite ulcerativa, Doença de Crohn, síndromes genéticas e histórico de tumores colorretais.
De acordo com especialistas, o câncer colorretal causa sintomas em estágio mais avançados. No entanto, convém prestar atenção a estes sinais:
A cirurgia é o principal tratamento para os casos de adenocarcinoma de reto e varia conforme a localização do tumor e o estágio em que se encontra. Para cada caso é utilizada uma técnica diferente, como por exemplo:
POLIPECTOMIA E EXCISÃO LOCAL – Remoção de tumores iniciais ou pólipos com o auxílio de instrumentos introduzidos pelo ânus, sem a necessidade de abrir o abdômen do paciente. Na polipectomia são removidos parte do pólipo e na excisão local ocorre a remoção de tumores menores e parte do tecido que o envolve.
RESSECÇÃO TRANSANAL LOCAL – Da mesma forma que a polipectomia e a excisão local, esse procedimento é feito pelo ânus e é utilizado para remover tumores pequenos próximos ao ânus. A anestesia é local.
MICROCIRURGIA ENDOSCÓPICA TRANSANAL – Técnica utilizada para remover tumores que não podem ser alcançados com nas técnicas anteriores. Essa técnica precisa ser realizada em centro médico especializado, pois necessita de equipamento especial e cirurgiões com treinamento específico.
RESSECÇÃO ANTERIOR BAIXA – Procedimento realizado para remover tumores que estão localizados na parte superior do reto, sem afetar o ânus. Nesse procedimento é feita uma incisão no abdômen, por onde será removido o tumor, uma parte do tecido que o envolve (incluindo adiposo e fibroso) e os gânglios linfáticos próximos a ele.
PROCTECTOMIA COM ANASTOMOSE COLOANAL – Procedimento realizado quando é necessária a remoção total do reto, para que seja feita a remoção de todos os gânglios linfáticos próximos ao reto. Nesses casos, uma pequena bolsa é feita dobrando para trás um pedaço do cólon, formando um pequeno reservatório para armazenar as fezes. Depois da recuperação, é feita uma nova cirurgia para reconectar os intestinos.
RESSECÇÃO ABDOMINOPERINEAL – Cirurgia utilizada para tratar tumores em estágio I, II e III, principalmente se eles estiverem no esfíncter. Nesse caso é feita uma incisão no abdômen e outra no períneo em torno do ânus, para removê-lo junto ao tecido e ao esfíncter. Devido à remoção do ânus, é feita uma colostomia permanente (bloqueio da passagem das fezes que serão removidas através de uma bolsa).
EXENTERAÇÃO PÉLVICA – Nessa técnica, o reto é removido, bem como o tecido e os órgãos comprometidos, se for o caso. Se for necessário remover a bexiga, é feita uma urostomia, além da colostomia.
Além das cirurgias para remoção dos tumores, quando ocorre metástases, o paciente é submetido à quimioterapia e / ou radioterapia e, em alguns casos são realizadas cirurgias também para a remoção das metástases. O uso de quimioterapia e radioterapia são estratégias utilizadas quando há tumores locais mais extensos, ou quando são fixos e volumosos.
Os efeitos colaterais de uma cirurgia para remoção de tumores no reto, dependem de vários fatores como extensão da cirurgia e do estado geral da saúde do paciente antes da cirurgia.
Após a cirurgia é possível acontecer sangramento pós-cirúrgico, infecções, coágulos sanguíneos nas pernas, bem como a aderência em órgãos e tecidos, que podem bloquear o intestino. Nesse último caso, é feita uma nova cirurgia (colostomia ou ileostomia), o que pode levar um certo tempo para o paciente se acostumar.
A cirurgia do reto também pode influenciar a vida sexual tanto em homens quanto nas mulheres, podendo causar alguns problemas como falta de ereção (homens) ou desconforto nas mulheres, principalmente se for necessário remover algum órgão que tenha sido atingido.
Por isso, o melhor a se fazer é ter um médico de confiança para tirar todas as dúvidas possíveis e buscar orientação adequada para cada caso.
O bom funcionamento do intestino depende única e exclusivamente de uma boa alimentação!
O intestino é responsável pela secreção de uma série de hormônios e substâncias essenciais para o bom funcionamento do organismo como um todo, mas para que ele funcione corretamente, precisa estar bem nutrido e povoado por bactérias do bem.
Além disso, hábitos de vida saudáveis ajudam e muito na prevenção de qualquer tipo de câncer. No caso do câncer colorretal, as recomendações são as seguintes:
Tudo isso que falamos aqui são informações baseadas em opiniões médicas com embasamento científico de diferentes fontes (links em verde), mas se a gente for parar para pensar, no fundo já sabemos de tudo o que é preciso fazer para não desenvolver essa e outras doenças.
Basta dar atenção ao que o nosso corpo diz, não negligenciar uma dorzinha por menor que seja e ir atrás de ajuda médica especializada para resolver rapidamente o problema. Quanto antes a doença for detectada, mais fácil e rápido ela será sanada. No entanto, se puder evitar qualquer doença com a adoção de hábitos simples, melhor ainda não é mesmo?
Por isso, cuide-se, aprenda a ouvir o seu corpo, faça exames regularmente, tenha uma alimentação equilibrada e previna-se!
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Categorias: Saúde e bem-estar, Viver
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