Índice
Optar por utilizar repelentes caseiros, não é só pelo fato de não agredirem ao meio ambiente, mas também é porque queremos cuidar da nossa pele e do que colocamos nela.
Vivemos num país tropical, com clima quente e úmido na maior parte do ano e esse ambiente é ideal para a proliferação de mosquitos e pernilongos que transmitem doenças como dengue, zika, chikungunya e por aí vai. Quando estamos na praia então, além dos mosquitos e pernilongos, sofremos também com a ação de muriçocas e borrachudos que parecem levar um pedaço da nossa pele com eles.
Para evitar esses problemas e até mesmo tentar espantar esses vilões do nosso clima tropical, buscamos alternativas naturais como plantas e os repelentes caseiros feitos a partir delas e de outros ingredientes como o cravo, a canela, a citronela, o alho, a andiroba e as vitaminas do complexo B.
No entanto, especialistas alertam para o fato de que, quando se trata dos transmissores da dengue, zika, chikungunya e suas vertentes, os repelentes caseiros não fazem o mesmo efeito quando comparado aos industrializados.
Em matéria publicada na BBC News Brasil, o dermatologista Vidal Haddad Júnior, da Faculdade de Medicina de Botucatu, explicou que o problema não está no fato de usar repelentes caseiros no lugar dos industriais, mas sim na eficiência deles quando se está em uma área com epidemia de doenças, por exemplo.
Repelentes caseiros podem funcionar muito bem contra pernilongos comuns (Culex), mas podem não ter efeito algum contra o Aedes aegypti ou o Anopheles, transmissores da dengue e da malária. Por isso ele afirma que, em área de risco, não se deve confiar nos repelentes caseiros.
Na matéria acima, o dermatologista Vidal Haddad Júnior, frisou a importância de não se confiar nos repelentes caseiros em áreas de risco. No entanto, uma outra matéria publicada na BBC News Brasil, fala sobre uma pesquisa que identificou uma resistência do mosquito da dengue aos repelentes industriais.
Cientistas da Grã-Bretanha, revelaram nesta pesquisa que o mosquito da dengue desenvolveu resistência à substância DEET (dietiltoluamida), que é um princípio ativo presente na maioria dos repelentes comercializados no mundo todo, inclusive no Brasil.
Essa substância age nos receptores sensoriais dos insetos, fazendo com que eles percam o desejo de picar as vítimas. No entanto, em testes realizados em laboratório com mosquitos da dengue, os cientistas verificaram que eles são repelidos apenas uma única vez. Ou seja, quando são submetidos à substância novamente, eles a ignoram.
Isso ocorre porque, ao entrarem em contato com a substância na primeira vez, as antenas dos mosquitos são capazes de mudar a forma como eles sentem a substância criando resistência a ela numa segunda aproximação.
Com base nessas descobertas, os cientistas informaram que vão tentar desenvolver versões mais efetivas da DEET e planejam também entender por quanto tempo dura o efeito após a primeira exposição a ela. Bem como pretendem realizar os testes nos mosquitos transmissores de outras doenças, como a malária, por exemplo.
No Brasil essa substância também é utilizada em vários repelentes e causou polêmica devido à quantidade elevada de DEET nos produtos, os quais são extremamente tóxicos para crianças menores de 12 anos.
Para o pediatra Jorge Huberman, neonatologista do Hospital Albert Einstein, a alternativa para as crianças é de utilizar mosquiteiros e produtos que sejam a base de citronela ou tomar complexo B, que faz com que o cheiro desagrade os mosquitos.
As fêmeas do mosquito da dengue sugam o sangue humano para a produção de seus ovos, fazendo com que sua adaptação ao ambiente urbano seja muito fácil. Além disso, nesses ambientes não falta água parada para eles, onde suas larvas e ovos conseguem se desenvolver facilmente.
Até mesmo um copinho de iogurte descartado de forma incorreta pode acumular água e se tornar um prato cheio para o mosquito da dengue colocar seus ovos.
Além do lixo acumulado formando pequenas poças para eles depositarem seus ovos, a água que eles utilizam para isso, não precisa mais ser limpa, pois eles evoluíram ao ponto de seus ovos conseguirem se desenvolver até mesmo na água suja e em quantidades mínimas.
Outro motivo que faz com seja difícil combatê-los é o fato deles conseguirem rastrear a vítima a uma distância de 5 a 10 metros, seja pelo cheiro, emissão de CO2 na respiração e até mesmo pelo calor do nosso corpo, sentido à 20 cm de distância.
Mas o agravante que faz com que seja tão difícil acabar com o mosquito da dengue é o aquecimento global que torna os ambientes ainda mais quentes, favorecendo a reprodução de diversos tipos de insetos transmissores de doenças.
Por isso, se você vive em regiões frias e se incomoda com isso, pense duas vezes antes de reclamar do frio. Pelo menos você não sofre com os insetos que podem te atacar sem você perceber.
Já para quem vive em lugares quentes e úmidos, as dicas são as mesmas de sempre:
E por aí vai! Estamos cansados de saber como prevenir a transmissão da dengue e de outras doenças, mas mesmo assim insistimos em fechar os olhos para o problema que pode estar dentro da nossa própria casa ou no telhado do vizinho. Se não quiser sofrer nenhuma dessas doenças, o melhor é prevenir!
Talvez te interesse ler também:
REPELENTE EM CRIANÇAS E BEBÊS PODE? O QUE USAR?
Categorias: Remédios caseiros
ASSINE NOSSA NEWSLETTER