Óleos essenciais: conheça as precauções de uso


Óleos essenciais são princípios ativos oleosos que existem nas plantas – algumas têm muito, outras pouco, alguns óleos são muito ativos, outros são sutis mas, todos, sem exceção, podem interferir conosco, pelo olfato, pela absorção através da pele ou pela ingestão. É preciso conhecer bem o que se está usando, o porquê, e tomar as precauções necessárias para evitar efeitos colaterais ou indesejados.

É preciso lembrar-se também que esses princípios ativos podem interferir no efeito de outros medicamentos de que estamos fazendo uso:

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Os princípios ativos que cada planta tem e fabrica, para sua sobrevivência, são um conjunto de substâncias voláteis naturais sintetizados, armazenados e liberados pelas plantas – quimicamente são terpenos – e são altamente reativos com outras substâncias se alterando ao menor contato, na atmosfera, com ozônio, nitratos, e hidróxidos.

Por essa razão temos de conhecer muito bem o óleo essencial que estamos usando, e a maneira certa de usá-lo pois, um exagero na sua dosagem pode ultrapassar o limite da sua toxicidade para nós. Quer dizer, em miúdos, os óleos essenciais têm um aroma maravilhoso, claro, mas foram fabricados pelas plantas para se defenderem de seus “inimigos naturais” portanto, na real, eles são altamente tóxicos, dependendo da dose e forma de usar, e em alguns casos, até da mistura que fazemos entre óleos diversos, ou das condições ambientais em que os manipulamos.

As precauções básicas para o bom uso dos óleos essenciais

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Testando um óleo por primeira vez:

1. Sempre faça um teste de alergia antes de usar um óleo essencial que não conhece (passe uma mínima porção na parte interna do seu antebraço, onde a pele é mais fina, ou atrás da orelha e observe, por 24 h, a reação da sua pele) e caso surja algum incômodo (urticária, ardor) rejeite o uso direto

2. Neste período de observação ponha atenção à sua respiração e a sintomas como catarro, chiadeira ou até, asma brônquica – e rejeite o uso caso tenha algum sintoma que não conhece pois, é possível que você tenha reação de alergia respiratória

3. Observe também se o novo óleo essencial não te dá dor de cabeça – outro sintoma de intoxicação típico.

4. Sintomas mais agudos de intoxicação ou rejeição a um óleo essencial são: náuseas, vômitos, sonolência.

Os cuidados devidos mesmo quando você conhece o óleo essencial e sabe que não é alérgico

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1. Não use óleos essenciais puros diretamente sobre a pele ou membranas e mucosas – prefira diluir seu óleo escolhido em creme, água ou um óleo vegetal

2. Não use óleos essenciais para uso interno, via oral, sem orientação especializada. Os óleos essenciais são substâncias extremamente concentradas que podem afetar suas funções orgânicas de forma imprevista e desastrosa. A aromaterapia usa os óleos essenciais externamente buscando o efeito curativo através do aroma que afeta o nosso sistema límbico alterando condições fisiológicas ou mentais e emocionais.

Alguns óleos essenciais exigem precauções específicas, veja a seguir:

* Não use estes óleos essenciais em caso de gravidez: yarrow, dill, anis, manjericão, cálamo, cânfora, cedro, cipreste, cistus de creta, cravo, coentro, cominho, zimbro, hissopo, lavanda, manjerona, mirra, noz-moscada orégano, salsa, rainha dos prados, alecrim, sálvia, sálvia, aipo, tomilho, verbena;

* Não use estes óleos essenciais caso faça tratamento homeopático ou antibiótico: menta (todos os tipos), camomila e cânfora;

* Em crianças, nunca use os seguintes óleos essenciais: artemísia, wormwood, manjericão, canela, cedro, arizona cypress, cominho, eucalipto, arba catnip, erva-doce, lavanda, hortelã, noz-moscada, salsa, alecrim, sálvia (de todos os tipos);

* Caso sofra de alergias de pele, evite os seguintes óleos essenciais em cremes ou loções: anis, arnica, basil (ou manjericão), canela, cominho, erva-doce, rosa, nardo, todos os óleos extraídos de frutas cítricas, menta (qualquer tipo), noz-moscada, orégano, alecrim, savory, árvore do chá, tomilho vermelho, verbena. Esses óleos poderão ser usados em inalações ou difusores de ambiente.

* Tenha cuidado com a exposição direta ao sol quando usar: achillea, angélica, bergamota e todos os óleos derivados de frutas cítricas, cenoura, erva-doce (todos os tipos), salsa, sálvia, verbena;

* Alguns óleos essenciais absolutamente contra-indicados se você sofre de epilepsia: cânfora, cedro, erva-doce (todos os tipos), hissopo, noz-moscada, alecrim, sálvia (todos os tipos).

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Cuidados especiais com determinados óleos essenciais

* Anis: a sobredose pode causar danos ao sistema nervoso. Evitar em casos de pessoas com câncer de mama ou outros problemas mamários;

* Cistus (Cistus ladanifer) e Immortelle (Helichrysum italicum): use uma gota só no difusor. A sobredose cria uma sensação pesada e opressiva no ambiente;

* Lavanda: não é aconselhável seu uso interno ou em massagens no corpo, caso você faça tratamento médico à base de ferro ou iodo;

* Noz-moscada: só é recomendado seu uso por tempo curto e em pouca quantidade;

* Clary Sage: evitar uso direto na pele, quando ingerir bebida alcoólica, se toma remédio à base de ferro e se sofre de mastite ou câncer de mama;

* Sândalo: uso desaconselhável em caso de doença renal.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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