Olaia (Cercis siliquastrum): a árvore do amor e da renovação


Olaia é uma árvore repleta de beleza e curiosidade. Após um período de dormência, em que fica totalmente despida de folhagens e flores, ela resplandece de cor e vida, anunciando a chegada da primavera com seus lindos cachos de flores extremamente coloridas.

Essa árvore incrível parece estar morta com seus galhos secos e triste e, de repente, ela começa a florescer antes mesmo que ressurjam suas folhas.

Após o florescimento, voltam as folhas, verdes e abundantes.

Suas flores em cachos são de cor rosa intenso e suas folhas têm o formato de coração, o que lhe rendeu o nome de árvore do amor.

À beleza desta árvore a torna ornamental, apropriada para decoração de jardim, cerca-viva e paisagismo.

Saiba mais sobre essa encantadora árvore e se apaixone por ela.

Onde é comumente encontrada

A Olaia (Cercis siliquastrum) é originária da região mediterrânea, sendo encontrada principalmente na Grécia, em Portugal, no sul de França, na Itália, na Turquia, em Israel e no Egito.

Essa árvore é muito comum em cidades próximas da região do Mediterrâneo, sendo vista em jardins, parques, praças e áreas históricas. C

omo por exemplo:

  • na Ponte Vecchio, em Florença
  • em Notre Dame, em Paris
  • pelas ruas de Roma
  • na Tapada de Mafra, em Portugal, onde existe um exemplar de Olaia, com quase 100 anos, que foi classificado como árvore de patrimônio público.

Características

Esta árvore pode atingir em média 8 m de altura, mas pode chegar atingir 15 metros.

A Olaia aprecia climas quentes moderados, cresce em variados tipos de solo, desde os argilosos até os calcários.

O fruto da Olaia tem uma forma semelhante à da alfarrobeira.

O tronco dela tem a textura lisa quando jovem, mas com o passar do tempo fica rugoso.

O seu desenvolvimento pleno ocorre quando atinge 20 anos de idade.

Suas folhas são verdes claras, mas quando jovens podem ter uma tonalidade rosada.

As inflorescências são formadas por grupos de 3-6 flores que medem de 1-2 cm de comprimento.

Os frutos têm formato de vagens achatadas, com aproximadamente 10 cm de comprimento, que no início são verdes, mudando para púrpura e por fim, ficam castanhas, permanecendo na árvore durante o outono e minguando no inverno.

Plantio e Cuidados

Para cultivar essa bela árvore são necessárias condições ideais e cuidados, como:

  • Multiplica-se por sementes, estacas ou brotamento.
  • Ela aprecia clima subtropical e temperado
  • Não tolera geada muito prolongada, mas resiste bem à temperatura de -10ºC.
  • É recomendável cultivá-la a pleno sol ou meia sombra.
  • Não é exigente em relação ao solo, porém se desenvolve melhor em solos moderadamente férteis, profundos e bem drenados com umidade média.
  • O solo ideal é o alcalino, entretanto tolera solos levemente ácidos.
  • Quando for plantar essa árvore, escolha um lugar definitivo, pois ela não suporta bem o transplante, ou seja, ser replantada em outro local.
  • Não é necessário fertilizar e adubar regularmente, a menos que seja em um solo arenoso.
  • É recomendável fazer podas para conduzir o desenvolvimento da árvore, cortando ramos secos ou mal formados. Mas não faça isso durante a época de floração.
  • Quando esta árvore alcança a fase adulta, apresenta mais tolerância à seca e também à maior umidade. Porém, enquanto jovem, é preciso manter o solo somente ligeiramente úmido.

Imagens da Olaia

Veja imagens de uma Olaia neste vídeo do canal “Juste WoW!”

Mitos sobre a Olaia

Além de ser conhecida com os nomes de Olaia e árvore-do-amor, também é chamada de árvore-de-Judas, porque segundo mito, foi em uma árvore dessa espécie que Judas Iscariotes, se enforcou após trair Jesus.

Outra hipótese é que esse nome veio de árvore da Judeia, região onde essa espécie de árvore era muito comum.

Usos medicinais e culinários

Além de ser uma árvore ornamental, a Olaia tem propriedades medicinais e culinárias.

As suas flores são comestíveis e têm um sabor acidulado e podem ser comidas em saladas ou decorar cupcakes.

Os botões florais servem como substitutos das alcaparras e as folhas novas também podem ser consumidas em saladas.

Na medicina popular, casca e raízes têm sido utilizadas para curar a congestão pulmonar, diarreia e disenteria.

Seus frutos são utilizados em aplicações medicinais como adstringente e a casca para dores de cabeça e constipações.

Na Síria, os botões são usados para fazer um chá medicinal por causa de suas propriedades anti-inflamatórias.

Os botões também são usados como anticoagulante, antidiabético, antimalárico e para doenças da pele.

A lição da Olaia

Em tempos com tantos motivos para desanimar e de tanta desesperança, contemplar o renascimento dessa árvore na primavera é um alento para alma, porque nos recorda que tudo passa e se transforma.

Quando vemos essa árvore no inverno, ela parece seca e sem vida, mas é só uma fase, pois depois vem a renovação e ela fica deslumbrante com suas folhas verdinhas e suas flores coloridíssimas, mostrando que a vida é feitas de ciclos.

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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