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Não é preciso você tirar suas bromélias do jardim para evitar a proliferação de mosquitos, apesar de que algumas dessas plantas, tão vistosas, acumulam água e, nessa água eventualmente pode ter uma que outra larva. Bastam cuidados semanais para que isso não se torne um problema de saúde pública.
A Fiocruz pesquisou a incidência de larvas de mosquitos do gênero Aedes em bromélias de criação urbana e determinou que este ambiente não é importante como criadouro – menos de 1 % das amostras coletadas tinham larvas, segundo o estudo. Porém, o Ministério da Saúde adota uma posição mais crítica pois, afirma que se tem encontrado, país afora, larvas de aedes em bromélias tanque dependentes. É possível. Não se sabe, claro, se essas larvas irão vingar até a fase adulta pois, o recipiente tanque das bromélias é um ecossistema próprio, com seus bichinhos comedores de larvas, dentre outros, e um meio líquido que, mais do que água, é um suco biológico.
Só que “o seguro morreu de velho”, diz o povo, sabiamente. Então, melhor prevenir do que remediar, certo?
Pois, acontece que o aedes se urbaniza cada vez mais – antes só procriava em água limpa, limpíssima. Agora já se encontram larvas de aedes em privadas, tanques de lavar roupa e outros lugares com água considerada “não limpa”.
Êta mosquitinho chato e resistente!
* Água sanitária na rega semanal – Uma boa recomendação é de você, que tem bromélias no seu jardim, acrescentar 1 colher de sopa de água sanitária a 1 litro de água e, com essa solução, borrife suas bromélias uma vez por semana, especialmente aquelas que são tanque dependentes. Não vale usar maior quantidade de água sanitária, nem despejar a solução na planta, ações que a prejudicarão seriamente. Também não vale usar menos água sanitária pois o efeito será nulo.
* Bromélia em vaso, vire – Mas, se a sua bromélia está em vaso, você pode virá-lo de ponta cabeça uma vez por semana, para que a água do tanque escorra na terra e leve as possíveis larvas que contenha. Só que, despeje sempre na terra, ou areia, nunca no ralo onde as larvinhas poderão procriar livremente.
* Bromélia fora da chuva – Outra solução é você deixar seus vasos de bromélia fora do alcance da chuva. Bom, não vai adiantar de nada se você regar as folhas mas, sim, se você só regar a terra, e como a bromélia é uma epífita que não precisa tanto assim de água, bastará uma rega semanal.
* Bromélia com filó – Em último dos casos, se nenhuma das alternativas anteriores for possível, cubra sua bromélia tanque dependente com um filó fininho, como um mosquiteiro, amarrado na base da planta.
No mundo existem 3,2 mil espécies de bromélias das quais, cerca de 43 % são nativas do Brasil. Algumas destas espécies acumulam água – são dos gêneros Aechmea, Neoregelia, Billbergias, dentre outras, que são tanque dependentes e que precisam da água acumulada na base de suas folhas. Mas, a verdade é que essa água é um suco, rico em material orgânico e outros bichinhos, até os comedores de larvas. Um ecossistema não muito adequado à procriação do gênero Aedes, mosquito urbano, estrangeiro em nossas terras, portanto, não acostumado, ainda, aos nossos ambientes naturais. No entanto, abunda nesse suco o gênero Culex, que é nativo brasileiro e acostumado com ambiente de matas e pântanos.
Bromélias que você pode ter sem preocupação dentro de casa, fora da chuva, são as dos gêneros Vriesea e Guzmania. Embora essas bromélias também tenham tanque de folhas, não dependem de que os mesmos estejam com água e podem ser regadas no substrato, fazendo a absorção da água pelas raízes.
Bromélias que não possuem tanques, portanto não acumulam água nem mosquitos são as dos gêneros Cryptanthus, Orthophytum, Dyckia e muitos outros assim como as do gênero Tillandsia, de folhas retas, sem sulco, abertas e espalmadas.
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Fonte fotos: Ricardo de Paula Ferreira/Shutterstock.com
Fonte de referência: http://www.cpo.org.br/_CpoBrom%C3%A9liasDengue.html
Categorias: Horta e Jardim, Morar
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