Hortas comunitárias: modelos e objetivos diferentes, produção agrícola e cultural


Os desenhos, modelos, das hortas comunitárias são diferentes em cada lugar onde estas se formam. Aqui neste artigo, mostro a vocês o desenho da horta de Campeche, um bairro de Florianópolis. E o modelo das hortas comunitárias de São Paulo.

Em Florianópolis, no bairro de Campeche, se planta alface, couve, rabanete, beterraba, tomate, morango, flores comestíveis, milho, maracujá, ervas medicinais e tudo mais que for possível. Uma iniciativa do bairro que está mostrando que a união entre a comunidade, conselho comunitário e poder público de forma voluntária, pode dar certo.

As sementes são fornecidas por uma associação local de agricultura orgânica. Em Florianópolis o cultivo já se faz em terrenos públicos.

Mas, hortas comunitárias acontecem também em São Paulo onde a ONG Cidades sem Fome já criou 25 áreas de cultivo na Zona Leste, em uma iniciativa que visa a integração social e o benefício dos moradores, um negócio social para o qual os que trabalham nas hortas são treinados e recebem os lucros da venda dos produtos.

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foto Desenho de horta comunitária

– A temática da agricultura urbana vai crescer muito nos próximos anos. É a saída para cultivar produtos de qualidade nas grandes cidades e perto da comunidade – acredita Hans Temp, fundador da ONG.

E a horta comunitária criada na Favela do Vidigal, RJ? UM OÁSIS CRIADO EM CIMA DE UM ANTIGO LIXÃO: SUSTENTABILIDADE E TRABALHO DE COMUNIDADE

E, outra coisa boa é que, as hortas comunitárias estão sendo planejadas e executadas sob os princípios da produção orgânica o que tornou-se de interesse também para restaurantes e mercados que vendem esses produtos, oferecendo produtos de qualidade a preços bastante inferiores aos que se encontram nas feiras orgânicas. e renda.

Para a ONG Cidades sem Fome, que atua na cidade de São Paulo, o importante é que o preço de venda do produto seja justo e que permita a sustentabilidade do negócio comunitário. Desta maneira, as hortas comunitárias poderão oferecer alimentos orgânicos a preços acessíveis a todos, a preço de feira comum, o que permitirá que todos se alimentem melhor.

Nas periferias um dos problemas é que os mercados ficam longe e a horta se torna um lugar perto com alimentos saudáveis – ressalta Hans.

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Segundo a experiência acumulada pela ONG Cidade sem Fome, a preparação de um terreno de 5 mil metros quadrados com limpeza, terraplanagem, assessoria de técnicos agrônomos, combustível dos veículos, britagem pode custar até R$ 30 mil mas, se for considerado apenas o custo da montagem dos canteiros, com sistema de irrigação, sementes e plantio das primeiras mudas, esse custo cai para R$ 2 mil para iniciar o projeto, segundo o técnico agrícola Anderson Caetano, quantia que está ao alcance das comunidades.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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