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Os cães são muito mais espertos do que imaginamos. Quantas vezes, em uma brincadeira, tentamos enganar o nosso cachorro mas quem fica com cara de bobo somos nós?
A razão disso, segundo um novo estudo, é que os cães sabem quando os seus donos agem intencionalmente para enganá-los, porque eles percebem os nossos sentimentos. A dúvida que ainda paira é se eles entendem as intenções ou apenas respondem a resultados.
A pesquisadora Britta Schunemann, da Universidade de Göttingen, explicou ao Good News Network que:
“Os cães em nosso estudo se comportaram claramente de maneira diferente, dependendo se as ações de um experimentador humano foram intencionais ou não intencionais”.
Isso significa que os cães podem perceber a diferença entre algo feito de propósito ou por acidente.
A equipe de pesquisadores alemães usou o paradigma “incapaz vs. relutante” no experimento realizado com 51 cães, cada um dos quais testado em três condições.
Cada animal foi separado do testador humano por uma barreira transparente e alimentado com pedaços de comida por uma abertura.
Na condição “relutante”, o experimentador retirou repentinamente a recompensa através da abertura na barreira e a colocou na frente de si mesmo. Na condição “incapaz desajeitado“, o experimentador trouxe a recompensa para a abertura e “tentou” passá-la, mas depois “acidentalmente” a deixou cair. Na condição “incapaz de bloquear”, o experimentador novamente tentou dar uma recompensa ao cão, mas este não conseguiu pegá-la porque a abertura estava bloqueada. Em todas as condições, a recompensa permaneceu do lado do testador da barreira.
Os cães não apenas esperavam mais na condição de má vontade do que na de incapacidade, como também eram mais propensos a sentar ou deitar – ações muitas vezes interpretadas como comportamentos apaziguadores – e parar de abanar o rabo.
Para um dos coautores do estudo, Hannes Rakoczy:
“Isso sugere que os cães podem de fato ser capazes de identificar a intenção em ação dos humanos”.
Estudos anteriores já haviam descoberto que os cães percebem a diferença entre rostos felizes e zangados, bem como são capazes de processar a linguagem de uma maneira muito semelhante à dos humanos pela entonação e pelas mudanças de volume que influenciam no significado das elocuções.
A hipótese dos especialistas é de que resultados como esse demonstram como os cães evoluíram nos últimos 30 mil anos para tentarem compreender os humanos.
O estudo foi publicado na Nature.
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Categorias: Gato e Cachorro
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