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Quem tem gato sabe como eles gostam de dar umas escapadas ou, tal como seus ancestrais selvagens, sair à caça de suas presas, preferencialmente de noite. Entretanto, essas saídas podem custar a vida do felino, mas também a de outros animais.
A seguir, iremos explicar como estes riscos ocorrem e como eles podem ser evitados.
A saída do gato de estimação para a rua pode representar vários riscos à vida dele, tais como:
O gato de estimação, embora tenha se adaptado à vida doméstica, ainda conserva o seu instinto de predador. Por isso, quando ele dá suas saidinhas, é bem provável que se vir uma presa, ele vá à caça dela e poderá matá-la de forma instintiva.
O gato doméstico pode colocar em risco a vida de espécies importantes como: borboletas, passarinhos, gambás, lagartixas, lagartos, coelhos e pequenos animais silvestres.
Um estudo investigou a relação dos gatos domésticos que saem de casa, e o impacto ecológico que eles causam.
O contexto dessa pesquisa está relacionado a locais com acentuada concentração de gatos domésticos, seja em áreas rurais e urbanas de países como Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia.
O estudo evidenciou que gatos domésticos em suas saídas, podem causar até maior impacto na vida selvagem do que os predadores selvagens.
Sobre esse impacto, Roland Kays, autor do estudo comentou:
“Como eles são alimentados com comida de gato, os animais matam menos presas por dia do que os predadores selvagens, mas suas áreas de atuação eram tão pequenas que esse efeito nas presas locais acabava ficando realmente concentrado. Acrescente a isso a alta densidade artificial de gatos de estimação em algumas áreas, e o risco a aves e a pequenos mamíferos se agrava ainda mais.”
Os resultados da pesquisa se devem ao fato de que os bairros analisados tinham uma alta densidade de gatos, maior do que a de predadores naturais.
Grande parte desse impacto se deu em áreas onde a vida selvagem já estava afetada por outros motivos, como por exemplo, regiões com empreendimentos habitacionais, que alteraram os habitats naturais dos animais e, além do mais, que a vida dos gatos se encontra preservada, ou seja, não há predadores que os ameacem.
Entre as espécies nativas que o gato é predador, e que foram indicadas em risco de acordo com a pesquisa, estão principalmente os gambás no sul da Austrália e os roedores e coelhos ameaçados de extinção na América do Norte.
O alerta desse estudo é que manter os gatos de estimação dentro de casa contribui para preservar a vida de outras espécies, percebidas como presas pelo instinto felino.
Em suma, lugar de gato de estimação é em casa para ele não sair caçando animais silvestres.
O perito em comportamento animal Alexandre Rossi dá várias orientações de como manter o gato de estimação dentro da casa ou do apartamento, tais como:
Manter o bichano em casa representa dar condições a ele de ter uma vida mais longa, segura e preservada dos perigos naturais da vida selvagem. Mas seria bom que o gato doméstico não virasse um problema para outras espécies que, desprotegidas, acabam sendo suas presas, riscando a extinção e causando desequilíbrio ambiental.
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Categorias: Gato e Cachorro
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