Estudo revela quais raças de cães vivem mais


Um recente estudo, baseado na análise de cerca de 600.000 cães, lança luz sobre as raças que apresentam as maiores e menores expectativas de vida. Descobertas intrigantes emergiram, destacando características que influenciam a longevidade de nossos amigos de quatro patas.

É sabido que, em média, cães pequenos costumam viver mais do que os de grande porte. Agora, graças a essa pesquisa, podemos aprofundar nossa compreensão, com detalhes fascinantes sobre a longevidade canina. Por exemplo, descobriu-se que raças pequenas com focinho longo, como Dachshunds, Spaniels Tibetanos e Lancashire Heelers, têm vidas mais longas. Estes últimos, em particular, destacam-se como campeões de longevidade, com uma média impressionante de 15,4 anos. Em contraste, cães braquicefálicos de pequeno porte como Buldogues e Pugs, têm uma expectativa de vida consideravelmente menor, devido às questões respiratórias associadas à sua anatomia única, resultado da seleção artificial.

O estudo

A pesquisa, liderada por cientistas da associação Dogs Trust em colaboração com a Universidade de Liverpool John Moores, analisou estatisticamente um vasto conjunto de dados, incluindo informações sobre mais de 580.000 cães registrados no Reino Unido, dos quais 284.000 faleceram.

Lista de cães com maior longevidade

Considerando fatores como pureza da raça, tamanho, sexo e índice cefálico, os pesquisadores concluíram que cães pequenos com focinho longo desfrutam da maior longevidade. A média de vida de todos os cães analisados foi de 12,5 anos.

  • Os Lancashire Heelers lideram a lista de longevidade, com uma média de 15,4 anos,
  • seguidos pelos Spaniels Tibetanos (15,2 anos),
  • Shiba Inu (14,6 anos),
  • Papillons (14,5 anos),
  • Lakeland Terriers (14,2 anos),
  • Schipperkes (14,2 anos),
  • Border Terriers (14,2 anos),
  • Galgos Italianos (14,0 anos) e
  • Dachshunds (14 anos).

Em contraste, cães grandes e braquicefálicos geralmente têm expectativa de vida mais curta, com o Pastor do Cáucaso liderando a lista, com uma média de apenas 5,4 anos, seguido por Presa Canario ou Dogo Canario (7,7 anos), Cane Corso (8,1 anos) e outros.

Outras descobertas interessantes da análise estatística incluem a ligeira superioridade na expectativa de vida das fêmeas em comparação com os machos (12,7 anos contra 12,4 anos) e a constatação de que cães de raça pura vivem um pouco mais do que cães sem raça definida, contrariando a crença popular de que vira-latas vivem mais.

Apesar dessas médias, é crucial considerar uma variedade de fatores ao escolher um companheiro canino, pois diversos elementos podem influenciar sua longevidade. Espera-se que este estudo oriente criadores, políticos e organizações de bem-estar animal na tomada de decisões informadas para aprimorar a vida dos cães de estimação. Além disso, o estudo busca conscientizar os proprietários sobre os fatores que impactam a saúde e a longevidade dos cães.

Os detalhes da pesquisa, intitulada “Longevity of companion dog breeds: those at risk from early death,” foram publicados na revista Scientific Reports.

Fonte: Liverpool John Moores University

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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