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Um estudo recente realizado pelo Centro de Pesquisa em Saúde Mental de Queensland analisou a possível relação entre a convivência com gatos e o aumento do risco de desenvolver distúrbios associados à esquizofrenia, um transtorno mental grave.
O estudo em questão é uma revisão que abrangeu 17 pesquisas realizadas ao longo de 44 anos em 11 países, incluindo Estados Unidos e Reino Unido. A pesquisa sugeriu uma ligação entre ter gatos como animais de estimação e um significativo aumento no risco de desenvolver esquizofrenia, possivelmente relacionado ao parasita Toxoplasma gondii, que pode ser transmitido através de carne mal cozida, peixes ou água contaminada, bem como por mordidas ou fezes de gatos infectados.
No entanto, essa associação ainda não é suficiente para comprovar uma relação direta de causa e efeito entre a presença do parasita e o desenvolvimento dos distúrbios mentais. O Toxoplasma gondii, ao entrar no corpo humano, pode influenciar os neurotransmissores e está associado a alterações de personalidade, sintomas psicóticos e alguns distúrbios neurológicos, incluindo a esquizofrenia.
A meta-análise recente constatou uma associação significativa entre a presença de gatos e um maior risco de distúrbios ligados à esquizofrenia, apontando que indivíduos expostos a gatos tinham aproximadamente o dobro de probabilidade de desenvolver essa condição. No entanto, a pesquisa não estabelece uma relação direta de causa e efeito. Além disso, outros estudos sobre esse tema apresentam baixa qualidade e resultados inconsistentes.
Apesar dos achados, há lacunas nos estudos, como a falta de consenso sobre o período crucial de exposição aos gatos, destacando a necessidade de pesquisas mais detalhadas e de alta qualidade para compreender melhor o papel dos gatos como possíveis fatores de risco para transtornos mentais.
Saiba mais:
A esquizofrenia é um transtorno mental complexo que afeta a forma como uma pessoa pensa, sente e se comporta. Caracteriza-se por uma perturbação na percepção da realidade, podendo incluir dificuldades cognitivas, alterações no pensamento, emoções e comportamentos. Esses sintomas podem variar em gravidade e geralmente começam a se manifestar na adolescência ou no início da idade adulta.
Se gatos enlouquecem, um outro estudo, realizado pelo Instituto Metropolitano de Geriatria e Gerontologia de Tóquio, sugere que ter cachorros como animais de estimação pode diminuir em até 40% o risco de desenvolver demência senil na velhice, promovendo atividades como sair de casa, interações sociais e estimulação mental.
O estudo Cat Ownership and Schizophrenia-Related Disorders and Psychotic-Like Experiences: A Systematic Review and Meta-Analysis foi publicado na revista Schizophrenia Bulletin.
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Categorias: Gato e Cachorro
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