Reino Unido Anuncia Proibição da Raça de Cães “Bully XL” após Ataques Graves


Em resposta a recentes episódios de agressões protagonizados por cães da raça American Bully XL, o governo britânico anunciou a proibição dessa raça no país. O premiê Rishi Sunak fez o anúncio após a morte de um homem de 52 anos, que sofreu múltiplos ferimentos causados por dois cães suspeitos de serem dessa raça, perto de Walsall, em 13 de setembro.

©Guia de Raças Caninas TV/Youtube

©Guia de Raças Caninas TV/Youtube

Antes desse trágico incidente, um outro cão dessa raça havia atacado uma menina de 11 anos, em Birmingham, no dia 9 de setembro, gerando ampla comoção após imagens do ataque circularem na internet. A secretária de Interior, Suella Braverman, descreveu o ocorrido como “terrível” e enfatizou que essa raça representa um perigo particularmente grave para as crianças.

Cães Perigosos

O governo pretende reunir especialistas e a polícia para definir critérios específicos para a raça e, até o final do ano, inclui-na ou não na Lei de Cães Perigosos para efetivar a proibição. A Lei de Cães Perigosos proíbe atualmente raças como o pit bull terrier, tosa inu, dogo argentino e fila brasileiro.

No entanto, é importante observar que o veto não implica necessariamente o abate dos cães, mas sim uma “anistia” para que os donos possam registrá-los e adotar medidas de controle, como castração e uso de focinheiras.

Enquanto algumas autoridades e especialistas defendem a proibição de raças específicas, outros argumentam que essa abordagem não é a mais eficaz para abordar o problema. Os especialistas apontam que não existem evidências científicas consistentes de que algumas raças sejam inerentemente mais agressivas do que outras. Eles destacam que a maioria dos ataques de cães está relacionada à popularidade da raça em uma determinada região, e não à agressividade intrínseca.

Para abordar de maneira mais eficaz o problema dos ataques de cães, especialistas enfatizam a importância de escolher as raças de acordo com o contexto, pesquisar a genética dos cães e promover o bem-estar e o cuidado adequado dos animais. Métodos de treinamento baseados em recompensas e gentileza são recomendados para evitar comportamentos agressivos, medo e estresse nos cães. A prevenção, incluindo o cuidado responsável dos animais, é considerada essencial para minimizar situações de perigo.

Irresponsabilidade dos tutores

Muitos fatores contribuem para o comportamento agressivo de cães, além do ambiente em que são criados. A irresponsabilidade dos tutores ao manter cães potencialmente perigosos sem coleira e focinheira é preocupante. O tamanho de um cão deve ser considerado, já que pode influenciar a gravidade dos danos em caso de ataque.

Priorizar a segurança de todos, incluindo humanos e outros animais, é essencial na criação e convívio com cães potencialmente perigosos. Isso requer o cumprimento de regulamentações e leis relevantes, bem como o treinamento adequado, socialização e supervisão desses cães.

Além disso, é importante reconhecer que o comércio de cães de raças é inerentemente cruel e condenável. As raças são manipuladas para atenderem às necessidades humanas, e muitas vezes a “necessidade” é criar cães de guarda, agressivos e impiedosos.

Saiba mais:

Fontes:

  1. BBC
  2. The Telegraph

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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